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    Ondas de calor no Hemisfério Norte serão mais frequentes e graves, diz especialista

    À CNN Rádio, Marcelo Seluchi, coordenador do CEMADEN, afirmou que efeito estufa aliado ao El Niño explicam as altas temperaturas registradas

    Amanda Garciada CNN

    O calor extremo registrado na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos fez com que a Organização Meteorológica Mundial da ONU alertasse para o risco de mortes causadas pelas altas temperaturas.

    À CNN Rádio, o doutor em meteorologia Marcelo Seluchi afirmou que essas ondas de calor “vão se tornar mais frequentes e graves” caso o mundo não se mobilize para conter o efeito estufa.

    “O planeta aqueceu mais de 1 grau desde a era industrial, mas isso não significa apenas somar um grau às temperaturas máxima e mínima”, disse.

    O coordenador-geral de operações do CEMADEN (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) explicou que esta elevação significa um “aumento dos extremos quentes e frios, fundamentalmente, as ondas de calor vão se tornar cada vez mais intensas.”

    De acordo com Seluchi, as altas temperaturas registradas recentemente vêm tanto do efeito estufa, com a emissão de gases na atmosfera que contribui para o aquecimento do planeta quase contínuo, quanto pelo El Niño.

    O fenômeno “consiste no aquecimento das águas no Pacífico, maior oceano do planeta, e, com águas mais quentes, funciona como um aquecedor para atmosfera, normalmente são os mais quentes.”

    O meteorologista destaca que os europeus, por exemplo, não são equipados para lidar com o calor como são para o frio.

    “O sistema elétrico europeu não comporta a instalação maciça de aparelhos de ar-condicionado”, exemplificou.

    Segundo o especialista, o “mundo precisa deixar de poluir o planeta” e “ampliar as florestas, que absorvem os gases de efeito estufa.”

    Ele defende que os países trabalhem para achar “soluções sustentáveis e energias mais limpas”, para o planeta não entrar “numa rota de colisão”.

    *Com produção de Isabel Campos

     

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