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    Onda de calor na Austrália resgata fantasma dos incêndios florestais que dizimaram a população de coalas no país

    Autoridades alertam para recordes de temperaturas e seca

    Elizabeth Matravolgyida CNN

    A Austrália vive uma onda de calor intenso à medida que o risco para incêndios florestais só aumenta. O estado de Nova Gales do Sul, o mais populoso do país, registrou 68 focos de incêndio, na quarta-feira (20). Mais de 600 bombeiros estão empenhados no combate às chamas.

    As autoridades australianas disseram que esse é o maior risco que a população corre desde os incêndios florestais que devastaram o país, em 2019. Na época, o fogo matou mais de 1 bilhão de animais em todo o território. Só na região leste, mais de 5 mil coalas perderam a vida por causa das chamas. O fogo gerou a perda de 30% da população de coalas do país, segundo a Australian Koala Foundation.

    Os incêndios queimaram mais de 11,2 milhões de hectares, equivalente à metade do território do Reino Unido. Pelo menos 33 pessoas morreram divido ao calor intenso.

    Agora a expectativa é que a cidade de Sydney, uma das maiores da Austrália, registre o dia mais quente da história, nesta semana, com a máxima de 35 °C. Escolas da região foram fechadas por causa do risco de incêndios. Cidades da costa leste já vivem temperaturas recordes, segundo o instituto de meteorologia do país.

    Miriam Bradbury, meteorologista sênior do governo australiano disse que o estado de Nova Gales do Sul está enfrentando “calor recorde em setembro, condições climáticas perigosas de incêndio e rajadas de vento”.

    A população foi proibida de criar fogueiras e ascender churrasqueiras.

    O governo da Austrália atribui o calor intenso às mudanças climáticas e ao fenômeno El Niño.

    Mundo em alerta

    Os australianos assistiram aos incêndios florestais que devastaram a Europa e a América do Norte, no verão do hemisfério norte.

    O mundo caminha para cenários nunca vistos antes. Neste ano, julho foi o mês mais quente registrado no planeta, nos últimos 120 mil anos, segundo o relatório do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia (UE) e a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

    A temperatura média nos primeiros 23 dias de julho foi de 16,95 °C, bem acima do recorde anterior de 16,63 °C estabelecido em julho de 2019, segundo o relatório.

    Veja também: Família na Austrália morre após comer cogumelos em almoço

    Veja impactos das mudanças climáticas

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