Ocidente avalia movimento delicado anti-China em abertura de conselho da ONU
Qualquer medida sobre a China poderá ter de ser iniciada por uma das 47 nações que compõem o Conselho de Direitos Humanos da ONU
![Vista geral de reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra Vista geral de reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/Reuters_Direct_Media/BrazilOnlineReportWorldNews/tagreuters.com2021binary_LYNXMPEH970S6-FILEDIMAGE.jpg?w=1220&h=674&crop=1)
Por Emma Farge
GENEBRA (Reuters) – Países ocidentais enfrentam um dilema com a abertura do Conselho de Direitos Humanos da ONU nesta segunda-feira (12): confrontar a China por violações de direitos humanos em sua região de Xinjiang e arriscar falhar ou perder a maior oportunidade de responsabilização em anos.
Um relatório do escritório de direitos humanos da ONU de 31 de agosto revelou que a “detenção arbitrária e discriminatória” de uigures e outros muçulmanos na China pode constituir crime contra a humanidade. A China nega veementemente qualquer abuso.
A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, cujo gabinete foi responsável pela divulgação do relatório, já concluiu seu mandato.
Seu sucessor, o austríaco Volker Turk, ainda não está em Genebra e não há qualquer ação de acompanhamento formalizada na agenda lotada do conselho, que inclui as crises na Ucrânia e na Etiópia. Isso significa que qualquer medida sobre a China poderá ter de ser iniciada por uma das 47 nações que compõem o conselho encarregado de promover e proteger os direitos humanos globalmente.
Diplomatas ocidentais disseram que um grupo de democracias está considerando uma série de opções, incluindo uma resolução sobre a China pela primeira vez em 16 anos de história do conselho – uma medida que pode incluir um mecanismo de investigação.