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    Número de mortos em ataque a Beirute sobe para nove, diz governo libanês

    Bombardeio israelense atingiu bairro central da capital libanesa

    Schams ElwazerSophie Tannoda CNN*

    O número de mortos em um ataque aéreo israelense no centro de Beirute na manhã desta quinta-feira (3) aumentou para nove, disse o ministério da saúde libanês.

    O ataque atingiu o bairro de Bashoura, próximo ao centro da cidade, confirmou a CNN, através da geolocalização da área.

    Uma atualização do Ministério da Saúde do Líbano nesta quinta-feira disse que o número de mortos subiu para nove “mártires”. Além disso, 14 pessoas ficaram feridas. Testes de DNA estão em andamento para determinar a identidade das vítimas.

    A CNN informou anteriormente que pelo menos seis pessoas foram mortas no ataque.

    É a primeira vez que Israel ataca a área desde 2006. Os ataques de Israel mataram mais de 1.000 pessoas no Líbano e deslocaram cerca de 1 milhão de residentes desde que intensificou a guerra com o Hezbollah.

    Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio

    ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.

    São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.

    Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.

    O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.

    As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas. No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

    Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim do conflito. Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.

    Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.

    Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

    O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.

    O que se sabe sobre o ataque do Irã contra Israel

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