Novo presidente do Panamá promete repressão à imigração ilegal com ajuda dos EUA
No ano passado, um recorde de 520.000 pessoas arriscaram a vida atravessando a fronteira do país pela selva; EUA vão cobrir custos de repatriação
O novo presidente do Panamá, José Raúl Mulino, tomou posse na segunda-feira (1º) prometendo coibir a imigração ilegal, com seu governo assinando rapidamente um acordo com os Estados Unidos para reprimir a migração pela traiçoeira passagem na selva de Darien Gap.
Em seu primeiro discurso como presidente, Mulino, de 65 anos, prometeu buscar assistência internacional para encontrar soluções para o que ele descreveu como uma custosa “crise humanitária e ambiental”.
No ano passado, um recorde de 520.000 imigrantes arriscaram a vida e os membros, muitas vezes nas mãos de traficantes de pessoas, para atravessar o Darien Gap, uma densa selva na fronteira do Panamá com a Colômbia.
Minutos depois, o novo ministro das Relações Exteriores de Mulino assinou um memorando de entendimento com o governo dos EUA para “permitir o fechamento da passagem de imigrantes ilegais pelo Darien”, disse o governo do Panamá em um comunicado.
No acordo, assinado pelo secretário de Segurança Interna dos EUA, Alejandro Mayorkas, que compareceu à posse de Mulino, os Estados Unidos concordaram em “cobrir” os custos de repatriação de imigrantes que entram ilegalmente no Panamá.
(Produzido por Diego Delgado, Felipe Teran e Anna Portella)