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    Novo pacote de sanções da UE mira gás russo pela primeira vez, dizem diplomatas

    Medida proíbe reexportação de gás natural liquefeito russo em águas do bloco europeu; especialistas dizem que impacto será baixo

    Julia Payneda Reuters

    Os países da União Europeia concordaram com o 14º pacote de sanções contra a Rússia por causa da guerra na Ucrânia, disseram diplomatas nesta quinta-feira (20), incluindo suas primeiras restrições ao gás russo.

    As novas medidas proíbem a reexportação de gás natural liquefeito (GNL) russo em águas do bloco europeu, mas não chega a proibir as importações, como o bloco fez em 2022 para o petróleo russo.

    Alguns países da UE ainda importam gás de gasodutos da Rússia via Ucrânia.

    No entanto, especialistas do mercado de gás pontuam que a medida terá pouco impacto, já que a exportação de gás via portos da União Europeia para a Ásia representam apenas cerca de 10% do total das exportações de GNL da Rússia.

    O pacote também impõe sanções três projetos russos de GNL e inclui uma cláusula destinada a permitir que Suécia e Finlândia cancelem os contratos russos do gás, segundo diplomatas.

    A Bélgica, que detém a Presidência rotativa da UE até 1º de julho, ressaltou que o pacote “maximiza o impacto das sanções existentes ao fechar brechas”.

    A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, por sua vez, escreveu no X: “Esse pacote contundente impedirá ainda mais o acesso da Rússia às principais tecnologias. Ele privará a Rússia de mais receitas de energia. E combaterá a frota e a rede de bancos paralelos de Putin no exterior”.

    Os países debateram as novas medidas por mais de um mês e, por fim, diluíram uma das propostas da Comissão, que visava evitar ainda mais evasões, a pedido da Alemanha.

    A medida descartada teria forçado as subsidiárias de empresas da União Europeia em outros países a proibir contratualmente a reexportação de seus produtos para a Rússia.

    A UE está empenhada em interromper o fluxo de tecnologia de uso duplo, como chips de máquinas de lavar roupa, que poderiam ser usados pela Rússia para fins militares.

    Um diplomata do bloco afirmou que a Alemanha havia solicitado uma avaliação de impacto e que a medida poderia ser incluída em uma data posterior.

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