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    Novo grupo rebelde ao sul da Síria diz que “destino é chegar em Damasco”

    Regime de Assad enfrenta possível luta em duas frentes, com a principal ofensiva ao norte e a nova ganhando força no sul do país

    Da CNN

    O novo grupo de rebeldes no extremo sul da Síria disse que seu objetivo é chegar a Damasco.

    Em uma declaração compartilhada com a CNN, a Southern Operations Room – um grupo recém-formado que representa os rebeldes do sul – pediu às forças do governo que desertassem “da gangue criminosa do regime de Assad” e se juntassem aos rebeldes.

    “Nosso destino é Damasco, e nosso ponto de encontro é a praça pública de Umayyads”, disse o grupo.

    O grupo disse que havia capturado um conjunto de postos governamentais ao longo da fronteira da Jordânia com a Síria.

    “Nossas forças agora estão protegendo a faixa de fronteira após a rendição das forças do regime estacionadas lá”, acrescentaram.

    O movimento rebelde do sul da Síria começou em 2012, quando ativistas locais formaram grupos do Exército Sírio Livre (FSA) em Daraa. Os combatentes inicialmente tomaram o controle da cidade de Daraa, mas o regime conseguiu recuperá-la mais tarde.

    Embora tenha havido confrontos frequentes de baixo nível entre os rebeldes do sul e as forças do regime, a revolta dos últimos dias marca o primeiro grande surto em anos.

    Até agora, as forças do regime têm lutado apenas em uma frente. A principal ofensiva rebelde começou na província de Idlib, a noroeste, mas desde então os ataques empurraram as tropas de Bashar al-Assad mais para o sul, na longa estrada para Damasco.

    Agora, o regime de Assad enfrenta a perspectiva de uma luta em duas frentes, com a principal ofensiva ao norte e a nova ganhando força no sul.

    Entenda o conflito na Síria

    A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

    O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

    Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

    Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

    A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

    Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

    Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

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