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    Novas operações de Israel deixam pelo menos 1.000 mortos em Gaza

    Porta-voz da Defesa Civil disse que forças israelenses impediram o acesso de equipe médica em áreas do enclave

    Nechirvan MandoVasco Cotovioda CNN

    Mais de 1.000 pessoas foram mortas desde que Israel deu início a uma incursão militar em grande escala no norte de Gaza no começo de outubro, informou Mahmoud Basal, porta-voz da Defesa Civil de Gaza.

    Basal destacou que o bombardeio israelense foi contínuo durante 22 dias em Jabalya, Beit Lahiya e Beit Hanoun, entre outras áreas, acrescentando que as Forças israelenses também impediram o acesso da Defesa Civil e da equipe médica nesta área da Faixa de Gaza.

    “Aqueles que forem bombardeados na parte norte da Faixa não terão assistência médica”, comentou. “Estamos, portanto, enfrentando uma situação difícil e trágica”.

    Além dos mais de mil mortos confirmados, muitos estão sob os destroços ou nas ruas, compartilhou Basal.

    “Com base na trágica e terrível realidade no norte de Gaza, continuamos apelando às organizações e instituições internacionais para que cumpram os seus papéis humanitários e de serviço para ajudar os cidadãos no norte de Gaza, que estão sujeitos ao extermínio em massa e ao bombardeio direto”, declarou.

    “Também apelamos a organizações como a Cruz Vermelha para que intervenham e permitam que a Defesa Civil e as equipas médicas, bem como os hospitais, cumpram as funções humanitárias no norte de Gaza”, continuou.

    “Caso contrário, enfrentaremos uma grave ameaça à vida de mais de 100 mil cidadãos que permanecem em suas casas na parte norte da Faixa”, concluiu Basal.

    Entenda o conflito na Faixa de Gaza

    Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

    O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.

    O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.

    Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.

    A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.

    Após cerca de um ano do conflito, a população israelense saiu às ruas em protestos contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados.

    O líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto pelo Exército israelense no dia 16 de outubro, na cidade de Rafah.

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