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    Nova primeira-ministra sueca renuncia horas após ser eleita

    Governo atual permanecerá como uma liderança interina até que um novo governo seja estabelecido

    Amy Cassidy e Niamh Kennedy,da CNNNiamh Kennedyda Reuters

    A primeira mulher primeira-ministra da Suécia, Magdalena Andersson, renunciou ao cargo poucas horas após ser votada, anunciou a conta oficial da Suécia no Twitter nesta quarta-feira (24).

    A mudança dramática ocorreu antes que Andersson assumisse o cargo, já que ela ainda não havia se reunido em conselho com o rei, disse um porta-voz à CNN.

    Sua renúncia segue uma derrota orçamentária no parlamento na quarta-feira, acrescentou a conta sueca no Twitter, com legisladores apoiando o projeto de lei da oposição.

    O Partido Verde também decidiu deixar o governo de coalizão de minoria com os social-democratas de Andersson, disse.

    “O governo atual permanecerá como um governo interino até que um novo governo seja estabelecido”, acrescentou.

    Andersson, 54 anos, afirmou que disse ao presidente do Parlamento que esperava ser reconduzida como primeira-ministra à frente de um “governo social-democrata de partido único”, informou a Reuters.

    Ela substituiu Stefan Löfven, que recentemente deixou o cargo de primeiro-ministro do país e líder do partido social-democrata.

    Como primeira-ministra, Andersson foi precedida por 33 homens. Anteriormente, ela trabalhou como vice-diretora geral da Agência Sueca de Impostos, de acordo com seu currículo no site do governo sueco.

    Ela tem mestrado em Economia pela Stockholm School of Economics e atua como ministra das finanças da Suécia desde 2014. Também é a segunda mulher a chefiar o partido social-democrata de centro-esquerda, de acordo com a conta da sueca no Twitter.

    Já enfrentando grandes obstáculos

    Andersson ganhou a aprovação parlamentar depois de chegar a um acordo de última hora com o ex-Partido de Esquerda comunista, mas seu controle do poder era tênue devido ao cenário político fragmentado do país nórdico.

    Seu antecessor, Stefan Lofven, governou por meio de um complexo ato de malabarismo para garantir o apoio dos partidos de esquerda e de centro no parlamento, embora não façam parte do governo de coalizão.

    Mas o Partido de Centro estava preocupado com o acordo com o Partido de Esquerda e disse que não apoiaria o governo de Andersson na votação de um projeto de lei de finanças proposto por três partidos de oposição.

    “Não podemos apoiar um orçamento de um governo que está se movendo muito para a esquerda, o que achamos que o próximo governo está fazendo”, disse a repórteres a líder do Partido do Centro, Annie Loof.

    Löfven, que deixou o cargo no início deste mês para dar a Andersson a chance de aumentar o apoio ao partido antes das eleições gerais em setembro do ano que vem, disse que não continuaria se perdesse a votação do orçamento.
    Quem quer que comande a Suécia enfrentará desafios significativos. A violência das gangues e os tiroteios arruínam a vida em muitos subúrbios da capital, Estocolmo, e em outras grandes cidades.

    A pandemia de Covid-19 expôs deficiências no muito elogiado estado de bem-estar social, com a taxa de mortalidade na Suécia muito mais alta do que nos países nórdicos vizinhos e o governo precisando acelerar a mudança para uma economia “verde” se quiser atingir suas metas climáticas.

    (Texto traduzido, leia original em inglês aqui)

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