Nova lei de Ohio restringe acesso a banheiro para estudantes trans
Medida vem dias após presidente da Câmara dos EUA decidir que banheiros do Capitólio serão reservados ao "sexo biológico"
O governador do estado de Ohio, nos Estados Unidos, Mike DeWine, sancionou nesta quarta-feira (27) uma lei que proíbe alunos do jardim de infância à faculdade de usar banheiros e vestiários de escolas que não sejam de seu sexo biológico.
A lei, chamada Lei de Proteção a Todos os Estudantes, é a mais recente contra os direitos trans que têm agitado os Estados Unidos. Na semana passada, após a eleição da primeira integrante trans da Câmara dos Representantes dos EUA, o presidente da Câmara emitiu uma declaração reservando todos os banheiros no edifício do Capitólio para “indivíduos desse sexo biológico”.
Ohio se junta a pelo menos uma dúzia de outros estados com leis que restringem o acesso ao banheiro para pessoas trans. O gabinete do governador DeWine não quis comentar.
As restrições da lei de Ohio também incluem escolas particulares e impedem que estudantes transexuais compartilhem acomodações durante a noite com estudantes do sexo biológico oposto.
Aaron Baer, presidente do Center for Christian Virtue, com sede em Ohio, aplaudiu a nova lei nesta quarta-feira.
“O bom senso está em uma série de vitórias na América hoje”, disse Baer em comunicado. “Nenhum aluno deveria ser forçado a ir ao banheiro ou vestiário com um aluno do sexo oposto, e as crianças de Ohio estão mais bem protegidas agora por causa da decisão do governador DeWine de assinar este projeto de lei.”
A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) condenou a aprovação do que chamou de “projeto de lei antitrans para banheiros” quando foi aprovado pela Assembleia Geral de Ohio, há duas semanas.
Jocelyn Rosnick, diretora de políticas da ACLU de Ohio, disse quando o projeto foi aprovado que se trata de “uma invasão cruel dos direitos dos estudantes à privacidade”.
“Em todos os níveis de governo, os trans de Ohio enfrentam uma onda de ataques”, disse a ACLU em comunicado nesta quarta-feira. “Tais esforços são flagrantemente discriminatórios e profundamente cruéis”.