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    No Senado, embaixador da Rússia no Brasil defende “operação especial” na Ucrânia

    Comissão de Relações Exteriores realizou audiência pública com Alexey Kazimirovitch Labetskiy, que defendeu desnazificação do território ucraniano

    Kaio TelesVinícius Tadeuda CNN

    Nesta terça-feira (5), o embaixador da Rússia no Brasil, Alexey Kazimirovitch Labetskiy, participou de uma audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado para comentar sobre a guerra na Ucrânia.

    Durante as respostas aos questionamentos dos senadores, o representante russo, no entanto, seguiu a diretriz do Kremlin e não usou o termo “guerra” para se referir a situação no Leste Europeu. Labetskiy preferiu tratar o conflito como “operação especial na Ucrânia”.

    De acordo com o embaixador, o principal motivo que levou a invasão do território ucraniano pelo exército da Rússia foi a intenção de desnazificar e desmilitarizar o país vizinho.

    Labetskiy considerou que a Ucrânia se tornou um país multiétnico e que houve uma aniquilação dos não ucranianos. “A língua russa, a cultura russa, as entidades russas, que, para mim, são parte integral da identidade ucraniana assim como da identidade russa, foram quase proclamados fora da lei”, afirmou.

    O embaixador disse que as tropas russas agem para “garantir os direitos dos russos, descendentes russos e a soberania do nosso país, a liberdade e a defesa da soberania da Rússia”.

    Ao comentar sobre possíveis ameaças ao território russo, Labetskiy citou a possível entrada da Ucrânia na Otan e os mísseis que os Estados Unidos consequentemente poderiam colocar em território ucraniano.

    Quando questionado sobre o ataque russo à cidade de Bucha, onde foram registradas imagens de corpos de civis espalhados pelas ruas, o embaixador pontuou que as informações passadas pela comunidade europeia, pela Ucrânia e Washington são falsas, e citou vídeos “mal interpretados”.

    Segundo Labetskiy, ucranianos estão usando informações falsas para criar opinião pública contrária à Rússia.   

    Relações comerciais com o Brasil

    O embaixador russo ainda comentou sobre a exportação de produtos da agroindústria brasileira para a Rússia, e disse que o país nunca vai “produzir as coisas da agroindústria tropical e subtropical por razões puramente climáticas”.

    Labetskiy disse que trabalha para manter a exportação de fertilizantes ao Brasil, visando evitar as restrições de comércio entre os dois países.

    “Nós estamos abertos a alargar cooperação no fornecimento dos produtos de carne, todos os três tipos e nós estamos abertos de nossa parte fornecer os fertilizantes de todos os tipos para o Brasil e participar da criação de novos sistemas de logística, distribuição, elaboração dos fertilizantes” disse.

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