No G20, premiê britânico diz que “guerra ilegal da Rússia na Ucrânia” precisa ser debatida
Em discurso, Keir Starmer também pediu libertação de reféns e cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza
Na abertura da reunião de líderes do G20 nesta segunda-feira (18), o primeiro-ministro do Reino Unido Keir Starmer afirmou ser importante que o grupo aborde a “guerra ilegal da Rússia na Ucrânia” nas discussões.
Starmer ressaltou que esta terça-feira (19) marca mil dias desde a invasão da Rússia na Ucrânia, país ao qual o primeiro-ministro se referiu como “pacífico e soberano”.
Segundo Starmer, a guerra na Europa infligiu danos não só aos países envolvidos, mas também ao resto do mundo ao interferir nas seguranças alimentar e energética.
O primeiro-ministro pediu ainda a libertação de reféns e um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza e disse estar “profundamente preocupado com a situação dos civis palestinos”.
“[Palestinos] estão enfrentando fome e inanição catastróficas, especialmente no norte de Gaza. Ao defender-se, Israel deve agir em conformidade com o direito humanitário internacional”, disse Starmer.
Conforme mostrou a CNN, os integrantes do G20 ainda discutem a melhor forma e linguagem para abordar os conflitos internacionais da Ucrânia e da Faixa de Gaza durante a declaração final da Cúpula. Para garantir consenso entre os países-membros, o documento deve ter, como mensagem principal, a necessidade de se chegar à paz.
Também integrante do grupo, a Rússia está representada na Cúpula pelo ministro de Relações Exteriores Sergey Lavrov. Putin não pôde vir ao Brasil por risco de prisão.
Na reunião de líderes de 2023, em Nova Délhi, na Índia, as divergências sobre a guerra na Ucrânia dificultaram o fechamento da declaração final. A maioria dos países teria concordado em condenar a invasão russa, mas houve resistência de Vladimir Putin, que foi apoiado pela China. O resultado foi um documento brando com relação à guerra, sem adotar o tom de condenação à invasão russa.
Aliança Global contra a Fome
A Cúpula do G20 é realizada nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro. Nesta segunda-feira (18), foi lançada a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza com a adesão de 147 países. Este é o tema em debate na primeira sessão da Cúpula desta manhã.
Sobre o assunto, Keir Starmer agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela criação da Aliança e disse que a pobreza e a fome não podem continuar. Segundo ele, o maior passo para alcançar esse objetivo viria da resolução de conflitos.
“Precisamos de uma liderança global renovada e resoluta para combater a pobreza e a fome. A Aliança Global do presidente Lula nos ajudará a enfrentar esse desafio. O maior passo na luta contra a fome hoje viria da resolução de conflitos”, afirmou.
