No Egito, Brasil deve defender libertação de reféns e retomada de processo de paz
Mesmo com o embargo dos Estados Unidos à resolução, Lula pediu para a diplomacia brasileira se manter mobilizada pela pacificação do conflito entre Israel e Hamas
O governo brasileiro pretende encampar na cúpula emergencial do Egito, marcada para este sábado (21), três pontos sobre o conflito entre Israel e Hamas, que deve se agravar com a expectativa de uma incursão terrestres na Faixa de Gaza.
Segundo diplomatas brasileiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao chanceler Mauro Vieira defesas enfáticas do fim das hostilidades, da libertação dos reféns e da retomada do processo de paz.
Mesmo com o embargo dos Estados Unidos à resolução do Brasil, Lula pediu para a diplomacia brasileira se manter mobilizada pela pacificação do conflito entre Israel e Hamas.
Lula tem defendido que se aguarde o resultado do encontro de emergência para uma nova reunião no âmbito do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
A avaliação de integrantes da diplomacia brasileira é de que o conflito em Israel tem mais chances de ser amenizado com tratativas com a comunidade árabe do que no âmbito das superpotências mundiais.
A ideia do governo brasileiro é de apresentar, na próxima semana, uma nova resolução ou um comunicado público assinado pelos países que fazem parte do Conselho de Segurança da ONU.
Um dos argumentos utilizados por diplomatas americanos é o de que a resolução brasileira poderia ganhar o apoio dos Estados Unidos em segundo momento.
O presidente Joe Biden fora de Israel geraria menos desconforto diplomático para os americanos.