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    Níveis de radiação estão normais na usina nuclear de Taishan, diz China

    Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país afirma que não há sinais de anormalidades no entorno do complexo, que fica cerca de 200 km de Hong Kong

    China negou relatos de vazamento de gases radioativos na Usina nuclear de Taishan
    China negou relatos de vazamento de gases radioativos na Usina nuclear de Taishan Foto: Reuters

    A China disse nesta terça-feira (15) que os níveis de radiação em torno do complexo nuclear de Taishan, na província de Guangdong, no sudeste do país, permaneceram normais, após relatos sobre um vazamento em um de seus reatores.

    A concessionária francesa EDF, uma das proprietárias do projeto, disse na segunda-feira (14) que estava investigando relatos da mídia de que níveis anormais de gás radioativo vazaram da usina.

    A CNN relatou que a Framatome, a unidade da EDF que projetou os reatores de Taishan, estava alertando sobre uma “ameaça radiológica iminente” no projeto após um acúmulo de criptônio e xenônio.

    Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, disse em entrevista coletiva que a planta cumpria totalmente com todos os requisitos e não havia sinais de anormalidades em sua vizinhança.

    “Até agora, as usinas nucleares da China têm mantido um bom histórico de operação, sem incidentes afetando o meio ambiente e a saúde pública”, disse Zhao.

    A EDF disse na segunda que o problema na usina pode ter sido causado por barras de combustível fornecidas pela Framatome.

    “Em condições normais de operação, é verdade que alguns gases como criptônio e xenônio escaparão e serão detectados, mas neste caso as concentrações são muito maiores, então algo está acontecendo”, disse Tatsujiro Suzuki, ex-vice-presidente da Comissão de Energia Atômica do Japão.

    “Uma vez que o gás radioativo está vazando para o meio ambiente, é um problema sério. Pode piorar. Acho que pode haver problemas com o combustível. É incomum.”

    O projeto Taishan, concluído em 2019, consiste em dois reatores de design francês e está localizado a cerca de 200 km de Hong Kong.

    A presidente-executiva de Hong Kong, Carrie Lam, disse a repórteres que o Observatório de Hong Kong e o Departamento de Abastecimento de Água têm monitorado os níveis de radiação e até agora não detectaram nada de anormal.

    Li Ning, um cientista nuclear chinês radicado nos Estados Unidos, disse que os perigos em Taishan são exagerados.

    “Como as usinas nucleares, uma vez construídas e em operação, estão sob controle muito estrito e as áreas locais são excluídas do desenvolvimento posterior, os níveis de radiação de fundo ao redor delas podem ser mais baixos do que os níveis históricos”, disse ele.