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    Nicarágua retira aprovação a embaixador da União Europeia

    Decisão veio após pronunciamento da UE cobrando um “retorno ao estado de direito” no país, que vive grave momento de turbulência política e perseguição a opositores

    Regime de Daniel Ortega voltou a entrar em atrito com a União Europeia
    Regime de Daniel Ortega voltou a entrar em atrito com a União Europeia FILEDIMAGE

    Da Reuters

    A Nicarágua retirou sua aprovação ao embaixador da União Europeia no país, disse o Ministério das Relações Exteriores do país centro-americano nesta terça-feira (18), após um comunicado da UE pedindo um “retorno ao estado de direito” na Nicarágua.

    Em comunicado, o ministério disse que a decisão se deve à posição “intervencionista, ousada e insolente” da UE sobre a Nicarágua.

    No início do dia, a UE disse em comunicado que condenava a repressão sistêmica que os nicaraguenses enfrentam desde que os protestos em todo o país eclodiram cinco anos atrás, em 18 de abril de 2018.

    “Neste triste aniversário, a UE confirma a sua disponibilidade para apoiar todos os esforços destinados a uma solução democrática, pacífica e negociada para a prolongada crise política na Nicarágua”, acrescentou.

    A Nicarágua declarou o aniversário dos protestos “O Dia Nacional da Paz”.

    O Ministério das Relações Exteriores da Nicarágua acusou a UE de “crimes contra a humanidade”, sem citar provas. Disse que “não receberá” o candidato da UE para embaixador no país, Fernando Ponz.

    Ponz foi indicado para o cargo depois que a Nicarágua declarou a embaixadora anterior no país, Bettina Muscheidt, “persona non grata” em setembro. Em março deste ano, confirmou a destituição da embaixadora do país no Brasil, Lorena del Carmen Martínez. A troca ocorreu há exatos nove dias depois do governo brasileiro anunciar abrigo para migrantes que desejem deixar o país da América Central.