Netanyahu diz que não renunciará em meio à guerra entre Israel e Hamas
Pesquisas de opinião indicam que apoio à coligação do primeiro-ministro israelense está em colapso
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse a repórteres no sábado (30) que não renunciará ao cargo depois de enfrentar críticas por não ter antecipado os ataques de 7 de outubro.
Netanyahu foi pressionado a assumir responsabilidades durante uma entrevista coletiva.
“Sua pergunta sobre a disposição de renunciar – isso volta repetidamente. A única coisa da qual pretendo renunciar é o Hamas. É disso que vou renunciar. É com isso que estou lidando e nada mais”, disse Netanyahu.
Os ventos têm mudado contra o primeiro-ministro à medida que a guerra de Israel em Gaza se arrasta e o Hamas continua a manter reféns.
Várias pesquisas de opinião sugerem que o favorecimento nacional a Netanyahu e à sua coligação governamental está em colapso, apesar do contínuo apoio esmagador de Israel à guerra contra o Hamas.
Uma longa guerra está por vir: Netanyahu também disse durante a coletiva de imprensa no sábado que a guerra de Israel contra o Hamas “continuará por muitos mais meses”.
“A minha política é clara: continuamos a lutar até que os objetivos da guerra sejam alcançados, especialmente a eliminação do Hamas e a libertação de todos os nossos reféns”, disse o primeiro-ministro, de acordo com uma transcrição traduzida dos seus comentários divulgada pelo seu escritório.
Netanyahu também disse que os militares israelenses estão “lutando com força e novos sistemas acima e abaixo do solo”, segundo a Rádio do Exército de Israel. “Temos a vantagem, matamos mais de 8.000 terroristas”, afirmou.
A CNN não consegue confirmar de forma independente os números de vítimas fornecidos pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) ou pelo Hamas, devido ao acesso restrito à região e à dificuldade em verificar números precisos no meio de um conflito em curso.