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    Netanyahu diz que Israel “danificou gravemente” defesas iranianas em retaliação

    Premiê também agradeceu EUA por “estreita coordenação e assistência”

    Eugenia YosefTim Listerda CNN

    O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo (27) que os recentes ataques de Israel ao Irã danificaram severamente suas capacidades de defesa, sem fornecer mais detalhes sobre quais foram os alvos.

    Em seus primeiros comentários sobre os ataques, Netanyahu disse que Israel tinha prometido responder firmemente ao ataque de mísseis balísticos iranianos no início deste mês.

    “Nas primeiras horas da manhã de sábado, mantivemos nossa promessa e danificamos severamente a capacidade de defesa do Irã e sua capacidade de produzir mísseis disparados contra nós”, disse Netanyahu.

    “Ontem batemos na cabeça do polvo. Ao povo do Irã digo – nossa luta contra um regime tirânico que ameaça toda a região. Quem nos machuca, nós os machucamos.”

    Netanyahu agradeceu aos EUA pela “estreita coordenação e assistência” nos ataques das FDI contra o Irã, e disse que o ataque “atingiu todos os seus objetivos”.

    Os funcionários da administração Biden disseram que os EUA não estavam diretamente envolvidos com o ataque, mas foram consultados a respeito.

    O Irã disse que Israel atacou instalações militares em todo o país na manhã de sábado, causando “danos limitados” em algumas áreas.

    Israel “atacou partes de centros militares nas províncias de Teerã, Khuzestan e Ilam”, informou a agência de notícias estatal IRNA, acrescentando que “o ataque foi interceptado com sucesso e repelido” pelo “sistema integrado de defesa aérea do Irã.”

    Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio

    ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º de outubro marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.

    São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.

    Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.

    O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.

    As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.

    No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

    Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.

    Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

    O líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto pelo Exército israelense no dia 16 de outubro, na cidade de Rafah.

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