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    Netanyahu diz que Israel continuará com operação em Rafah para pressionar Hamas

    Gabinete de guerra concordou com medida para tentar forçar liberação de reféns

    Da Reuters

    O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira (6) que o gabinete de guerra do país decidiu continuar com a operação militar na cidade de Rafah, onde mais de um milhão de palestinos estão refugiados.

    “O gabinete de guerra decidiu por unanimidade que Israel continue a operação em Rafah para exercer pressão militar sobre o Hamas, a fim de avançar na libertação dos nossos reféns e nos outros objetivos da guerra”, pontuou o gabinete de Netanyahu em comunicado.

    Enquanto isso, os militares israelenses afirmaram que estão conduzindo ataques direcionados contra o grupo armado no leste de Rafah. Mais cedo, o Exército de Israel alertou para que civis saiam da cidade.

    O chefe dos direitos humanos da ONU, Volker Türk, classificou como desumana a exigência de Israel para que os palestinos saiam de Rafah, no sul de Gaza.

    Türk criticou Israel por “realocar à força” centenas de milhares de pessoas para áreas já fortemente destruídas e onde há pouco abrigo e praticamente nenhum acesso à assistência humanitária necessária para a sua sobrevivência. Ele acrescentou que não há lugar seguro fora de Rafah.

    O rei da Jordânia, Abdullah II, por sua vez, afirmou que um ataque israelense em Rafah pode levar a um “novo massacre”.

    Hamas aceita proposta de cessar-fogo

    O chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh, ligou para mediadores para informar que o grupo armado aceitou uma proposta para um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns feita pelo Catar e pelo Egito.

    Uma fonte afirmou à CNN que o acordo que o grupo armado aceitou é diferente daquele que Israel ajudou a construir com os mediadores de Catar e Egito.

    Israel ainda não aceitou a medida, mas Netanyahu afirmou que enviará uma delegação para negociações.

    “Paralelamente, embora a proposta do Hamas esteja longe das exigências necessárias de Israel, Israel enviará uma delegação de trabalho aos mediadores, a fim de chegar a um acordo em condições aceitáveis para Israel”, afirmou.

    Uma fonte diplomática familiarizada com as discussões disse à CNN que, depois de uma reunião em Doha, capital do Catar, entre o diretor da CIA, a agência de inteligência dos EUA, William Burns, e o primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, os mediadores convenceram o Hamas a aceitar um acordo de três fases.

    Os Estados Unidos ressaltaram que estão analisando a resposta do Hamas, enquanto o presidente da Turquia pediu que Israel aceite o acordo.

    Relatos de ataques em Rafah

    Algumas famílias palestinas começaram a sair de Rafah após receberem mensagens de texto em árabe, telefonemas e panfletos indicando para irem onde os militares israelenses chamaram de “zona humanitária expandida”, a 20 km de distância.

    Algumas empilharam crianças e pertences em carroças de burro, enquanto outras partiram de caminhonete ou a pé por ruas lamacentas.

    Houve relatos de ataques aéreos mais cedo nesta segunda.

    “Está chovendo muito e não sabemos para onde ir. Tenho me preocupado com a possibilidade de que esse dia chegasse, agora tenho que ver para onde posso levar minha família”, disse um refugiado, Abu Raed, à Reuters por meio de um aplicativo de bate-papo.

    Uma autoridade sênior do Hamas afirmou que a ordem de retirada era uma “escalada perigosa” que teria consequências.

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