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    Netanyahu considera forçar civis palestinos a deixarem Gaza para pressionar Hamas

    Plano não menciona se, quando ou como civis seriam autorizados a retornar ao norte de Gaza

    Mick KreverEugenia Yosefda CNN

    O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, está considerando um plano para expulsar todos os civis palestinos do norte de Gaza, incluindo a Cidade de Gaza, a fim de sitiar o Hamas e forçar a libertação de reféns.

    Não está claro quantos palestinos permanecem ao norte do chamado Corredor Netzarim, que divide Gaza em duas, mas as estimativas chegam a centenas de milhares.

    O plano não menciona se, quando ou como os civis seriam autorizados a retornar ao norte de Gaza.

    Após quase um ano de guerra, sem nenhuma parte de Gaza imune a ataques aéreos israelenses, os palestinos têm se mostrado cada vez menos dispostos a atender às demandas israelenses de realocação.

    A ideia vem de um grupo de generais militares israelenses aposentados, que a apresentaram formalmente ao gabinete israelense e a um poderoso comitê parlamentar.

    O objetivo, eles dizem, é usar táticas de cerco para matar de fome os combatentes do Hamas e forçá-los a libertar 101 reféns ainda mantidos no território.

    “Aqueles que saírem receberão comida e água”, diz Giora Eiland, um general militar israelense aposentado que está liderando a proposta, em um  vídeo habilmente produzido  e publicado online no início deste mês.

    “Mas em uma semana todo o território do norte da Faixa de Gaza se tornará território militar, e neste território militar, até onde sabemos, nenhum suprimento entrará nele.”

    A emissora nacional israelense Kan, afiliada da CNN Internacional, relatou no domingo (22) que Netanyahu, em uma reunião a portas fechadas com o Comitê de Relações Exteriores e Defesa do Knesset, disse que o plano “faz muito sentido”.

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