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    Netanyahu aceita convite para discursar no Congresso dos EUA pela quarta vez

    Israelense se tornaria o primeiro líder estrangeiro a discursar quatro vezes nas reuniões, ultrapassando o primeiro-ministro britânico durante a guerra, Winston Churchill

    Da Reuters

    O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aceitou um convite para discursar no Congresso dos Estados Unidos, em ambas casas, o Senado e a Câmara dos Representantes, informou seu gabinete neste sábado (1), acrescentando que ele se tornará o primeiro líder estrangeiro a fazer quatro dessas aparições no órgão.

    “Estou comovido com o privilégio de representar Israel perante ambas as casas do Congresso e de apresentar, aos representantes do povo americano e de todo o mundo, a verdade sobre a nossa guerra justa contra aqueles que procuram a nossa destruição”, afirmou no comunicado.

    Israel recebeu convite para discursar no Congresso dos EUA na sexta (31)

    Os líderes dos EUA O Senado e a Câmara dos Representantes convidaram na sexta-feira (31) o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para discursar em uma reunião conjunta do Congresso, e mostrar apoio em meio a divisões partidárias sobre a campanha de Israel em Gaza.

    A carta convidando Netanyahu foi assinada pelo presidente republicano da Câmara, Mike Johnson, pelo líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, pelo líder republicano do Senado, Mitch McConnell, e pelo líder democrata da Câmara, Hakeem Jeffries.

    “Para desenvolver a nossa relação duradoura e destacar a solidariedade da América com Israel, o convidamos a partilhar a visão do governo israelense para defender a democracia, combater o terrorismo e estabelecer uma paz justa e duradoura na região”, dizia a carta.

    O documento não propôs uma data para o discurso.

    Johnson havia dito que o líder israelense discursaria em breve em uma reunião conjunta do Congresso, em meio ao aumento das tensões com a administração do presidente Joe Biden sobre a forma como Netanyahu lidou com a guerra em Gaza.

    O presidente republicano da Câmara disse que convidaria o líder israelense, independentemente da assinatura dos líderes democratas do Congresso na carta.

    Johnson foi um dos muitos republicanos que criticou Biden por dizer que reteria um carregamento de bombas para Israel se organizasse uma invasão em grande escala de Rafah, uma cidade no sul de Gaza, para onde milhares de palestinos fugiram durante a guerra.

    Bilhões de dólares em armamentos fabricados nos EUA continuam em preparação para serem enviados a Israel.

    Mais discursos no Congresso dos EUA que Churchill

    O apoio de Biden a Israel na sua guerra contra o Hamas emergiu como uma responsabilidade política para o presidente, especialmente entre os jovens democratas.

    O atual presidente concorre à reeleição este ano. Isso alimentou uma onda de votos de protesto “descomprometidos” nas primárias presidenciais e gerou protestos pró-palestinos nas universidades.

    O ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro matou cerca de 1.200 pessoas, segundo cálculos israelenses. As autoridades de saúde palestinas estimam que mais de 36.280 pessoas foram mortas em Gaza desde que Israel atacou a região.

    Discursos em reuniões conjuntas do Congresso feitos por líderes estrangeiros são uma honra rara, geralmente reservada aos mais próximos aliados ou grandes figuras mundiais. Netanyahu já fez três discursos desse tipo, o mais recente em 2015.

    Netanyahu se tornaria o primeiro líder estrangeiro a discursar quatro vezes em reuniões conjuntas do Congresso ao aceitar o convite. Ele está atualmente empatado em terceiro lugar com o primeiro-ministro britânico durante a guerra, Winston Churchill.

    O convite para discursar no Congresso foi anunciado no mesmo dia em que Biden disse que Israel propôs um cessar-fogo em Gaza em troca da libertação de reféns e pediu ao Hamas para concordar com a nova oferta, dizendo que era a melhor forma de acabar com o conflito.

    Em Março, Netanyahu dirigiu-se aos senadores republicanos através de uma ligação de vídeo, quase uma semana depois de Schumer ter feito um discurso no Senado qualificando o primeiro-ministro de obstáculo à paz e apelando a novas eleições em Israel.

    O convite formal na sexta-feira (31) foi relatado pela primeira vez pelo site de notícias The Hill.

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