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    Negociações na COP26 vão à prorrogação na tentativa de salvar meta de 1,5ºC

    Objetivo geral da reunião é manter dentro do alcance a meta do Acordo de Paris de 2015

    Por Kate Abnett e Jake Spring e Elizabeth Piper, da Reuters

    Duas semanas de negociações da COP26 da Organização das Nações Unidas (ONU), em Glasgow, na Escócia, sobre o clima ultrapassaram o prazo derradeiro nesta sexta-feira (12), quando o presidente da conferência pediu aos países que fizessem um esforço final para garantir compromissos que controlariam o aumento das temperaturas que ameaçam o planeta.

    Com um acordo agora previsto para sábado (13), ainda havia muitas conversas a serem feita sobre questões como eliminação progressiva dos subsídios aos combustíveis fósseis, mercados de carbono e ajuda financeira para os países pobres enfrentarem as mudanças climáticas.

    Um esboço do acordo final da COP26, divulgado nesta manhã, exige que os países estabeleçam promessas climáticas mais duras no próximo ano –em uma tentativa de preencher a lacuna entre suas metas atuais e os cortes muito mais profundos que os cientistas dizem ser necessários nesta década para evitar mudanças climáticas catastróficas.

    “Percorremos um longo caminho nas últimas duas semanas e agora precisamos daquela injeção final, daquele espírito de ‘determinação’ que está presente nesta COP, então temos esse esforço compartilhado”, disse o presidente da COP26, o britânico Alok Sharma.

    No final desta sexta, Sharma anunciou que as reuniões continuariam na tarde de sábado e que ele espera um acordo no final do dia.

    O objetivo geral da reunião é manter dentro do alcance a meta do Acordo de Paris de 2015 de limitar o aquecimento global em 1,5º Celsius acima dos níveis pré-industriais, o limite que os cientistas dizem que evitaria seus piores efeitos.

    Sob as atuais promessas nacionais de reduzir as emissões nesta década, os pesquisadores afirmam que a temperatura mundial vai subir muito além desse limite, desencadeando aumentos catastróficos do nível do mar, secas, tempestades e incêndios florestais.

    O novo esboço é um ato de equilíbrio –tentando atender às demandas das nações mais vulneráveis ​​ao clima, como ilhas baixas, os maiores poluidores do mundo e países cujas exportações de combustíveis fósseis são vitais para suas economias.

     

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