Negociação em conflitos leva tempo e “não é para amadores”, avalia especialista
À CNN Rádio, Salvador Raza afirmou que há sinalização para possibilidade de solução entre Ucrânia e Rússia


Qualquer rodada de negociação internacional em meio a conflito é “demorada, tem técnicas e preparações para ela”, de acordo com o professor na National Defense University e diretor do Centro de Tecnologia Relações Internacionais e Segurança, Salvador Raza.
Em entrevista à CNN Rádio, ele explicou que o estágio atual da Guerra da Ucrânia é muito importante, em especial o fator negociador.
Representantes ucranianos e russos deram início a uma quarta reunião nesta segunda-feira (14), que foi temporariamente pausada e será retomada na terça-feira (15).
“Já se sinaliza que pode começar a se ver a possibilidade de solução, com os dois lados trazendo algo positivo para a mesa”, completou. A parte ruim, de acordo com o especialista, porém, são “os analistas que dizem que está demorando muito” para se chegar a um acordo.
“Até a formulação para a agenda do encontro é complicada, definir quem são os negociadores. Costumamos dizer que não é para amador, negociar faz parte do próprio conflito”, defendeu.
Ele ainda completou: “As tentativas de resolução são parte do próprio conflito, já que se desenvolvem enquanto as ações táticas estão evoluindo.”
Neste momento, Salvador Raza vê os russos desgastados “pelas ações de guerrilhas, insurgentes e pontuais” dos ucranianos, ao mesmo tempo em que “intensificam bombardeios e tentam bloqueá-las.”
Para o professor, a guerra entra numa fase de “desregulamentação”:
“Até aqui, o conflito vem obedecendo as regras tácitas, não estão usando armas de alto poder destrutivo, com potencial violação de direitos humanos, superbombas, mas a guerra começa a ser regida por suas próprias regras e aumento de violência”.
Fotos — Refugiados deixam a Ucrânia por causa da guerra
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Refugiados da Ucrânia chegam a abrigo temporário em Korczowa, na Polônia • Sean Gallup/Getty Images
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Refugiados choram e se abraçam após encontrar parentes do outro lado da fronteira da Ucrânia com a Polônia • Attila Husejnow/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
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Pessoas esperam por refugiados em estação de trem nas proximidades da fronteira entre Rússia e Ucrânia • Janos Kummer/Getty Images
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Refugiada ucraniana cruza a pé a fronteira da Ucrânia com a Polônia • Attila Husejnow/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
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Refugiados acampam perto da fronteira entre a Ucrânia e a Polônia • Beata Zawrzel/NurPhoto via Getty Images
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Abrigo de refugiados ucranianos na Polônia • Agnieszka Majchrowicz/Anadolu Agency via Getty Images
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Estação de trem na Polônia registra alto fluxo de refugiados vindos da Ucrânia • Agnieszka Majchrowicz/Anadolu Agency via Getty Images
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Pessoas evacuam a cidade de Irpin, a noroeste de Kiev, no décimo dia da guerra Rússia-Ucrânia em 5 de março de 2022 • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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Crianças evacuadas de um orfanato em Zaporizhzhia chegam ao principal terminal ferroviário em Lviv, Ucrânia, no dia 5 de março • Dan Kitwood/Getty Images
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Estudantes indianos voltaram da Ucrânia depois da invasão da Rússia; pais e outros parentes se emocionaram ao receber os alunos no aeroporto internacional Índia Gandhi, em Nova Délhi, Índia, no dia 5 de março. Governo indiano amplia a Operação Ganga, uma operação de resgate para evacuar cidadãos indianos • Salman Ali/Hindustan Times via Getty Images
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Refugiados que fugiram da Ucrânia estão sendo abrigados em um ginásio esportivo em Zgorzelec, na Polônia • Danilo Dittrich/picture alliance via Getty Images
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Pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia encontram abrigo em ginásio esportivo convertido temporariamente em um abrigo, na região de Nowa Huta, em Cracóvia, na Polônia, em 15 de março de 2022 • Omar Marques/Getty Images
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Refugiados ucranianos cruzam a ponte sobre o rio Tisza, que conecta a Ucrânia com a Romênia • Denise Hruby/CNN
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Refugiados e voluntários locais descarregando ajuda vinda da Romênia • Denise Hruby/CNN
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Refugiados ucranianos estão sendo acolhidos em centro a dois quilômetros de distância do antigo campo de extermínio nazista de Auschwitz-Birkenau • Reuters
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Rada, 2 anos, alimenta-se em Medyka, Polônia, após deixar a Ucrânia 11/03/2022 • REUTERS/Fabrizio Bensch
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Ponto de ajuda para refugiados da Ucrânia que foi inaugurado no Estádio Municipal Henryk Reymans. em Cracóvia, na Polônia • NurPhoto via Getty Images
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Pessoas retiradas da região de Mariupol, na Ucrânia • Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS
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Voluntários preparam ajuda humanitária para refugiados em Lviv, Ucrânia • 06/03/2022REUTERS/Pavlo Palamarchuk