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    Negociação de cessar-fogo no Líbano está avançando, diz embaixador de Israel na ONU

    Gabinete de Israel deve se reunir para discutir a questão nesta segunda (25) ou terça-feira (26)

    Da CNN

    O embaixador de Israel na ONU disse nesta segunda-feira (25) que as negociações para um cessar-fogo com o Hezbollah estão “avançando”, mas insistiu que Israel quer manter a possibilidade de atacar o sul do Líbano em qualquer acordo.

    Danny Denon afirmou antes de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU que esperava que o gabinete de Israel se reunisse nesta segunda ou terça-feira (26) para discutir a questão de um cessar-fogo no Líbano.

    Além disso, o vice-presidente do Parlamento do Líbano, Elias Bou Saab, afirmou à Reuters nesta segunda que não há “nenhum obstáculo sério” para começar a implementação de uma trégua de 60 dias proposta pelos Estados Unidos para acabar com os combates entre Israel e o Hezbollah.

    Saab destacou que um ponto de discordância sobre quem monitoraria o cessar-fogo foi resolvido nas últimas 24 horas, com a aceitação para se criar um comitê de cinco países, incluindo a França e presidido pelos Estados Unidos.

    Uma autoridade libanesa e um diplomata ocidental disseram à Reuters que os EUA informaram às autoridades libanesas que um cessar-fogo poderia ser anunciado “em poucas horas”.

    Netanyahu aprova acordo “a princípio”, diz fonte

    Uma fonte afirmou à CNN que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aprovou “a princípio” o acordo de cessar-fogo com o Hezbollah durante uma consulta de segurança com autoridades israelenses na noite de domingo (25).

    Entretanto, havia ressalva sobre alguns detalhes, que continuam sendo negociados.

    Várias fontes enfatizaram que o acordo não será final até que todas as questões sejam resolvidas.

    Entenda os conflitos no Oriente Médio

    Israel lançou uma grande ofensiva aérea e terrestre contra o grupo Hezbollah no Líbano no final de setembro. Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e portanto, inimigos de Israel.

    Os bombardeios no Líbano se intensificaram nos últimos meses, causando destruição e obrigando mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. O conflito entre Israel e o Hezbollah já deixou dezenas de mortos no território libanês.

    Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.

    Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva israelense, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.

    Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.

    Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.

    No momento, as negociações por tréguas estão travadas tanto no Líbano, quanto na Faixa de Gaza.

    *com informações da Reuters

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