Navio com 150 mil toneladas de petróleo bruto representa “risco ambiental” após ataque
Embarcação foi ancorada entre o Iêmen e a Eritreia; tripulação de 25 pessoas foi resgatada
Um navio petroleiro de bandeira grega transportando 150 mil toneladas de petróleo bruto representa um “risco ambiental”, após ter sido atacado no Mar Vermelho.
A tripulação de 25 pessoas do petroleiro Sounion foi resgatada após o ataque por um navio da Eunavfor Aspides, uma operação de segurança marítima defensiva da União Europeia que visa proteger navios mercantes e comerciais no Mar Vermelho, Oceano Índico e Golfo.
A embarcação foi danificada e ficou sem motor. Ela está agora ancorada entre o Iêmen e a Eritreia, disse uma fonte de segurança marítima à Reuters nesta quinta-feira (22).
A Delta Tankers disse que está trabalhando em um plano para mover o petroleiro para um destino mais seguro para mais verificações e reparos.
O navio foi abordado por volta das 3 da manhã, no horário local, na quarta-feira (21) de manhã por “duas pequenas embarcações” com cerca de 13 a 15 pessoas a bordo, informou a United Kingdom Maritime Trade Operations (UKMTO).
Houve uma “breve troca de tiros de armas de pequeno porte” antes que o navio fosse atingido por pelo menos três projéteis, acrescentou a nota.
Todos os membros da tripulação do Sounion estão bem de saúde, informou o Ministério do Transporte da Grécia em um comunicado, mas o barco sofreu “danos materiais”.
Risco ambiental e à navegação
As 150 mil toneladas de petróleo bruto a bordo do navio agora representam um risco à navegação e ao meio ambiente na região, segundo a Eunavfor Aspides em um comunicado.
“É essencial que todos na área tenham cautela e se abstenham de quaisquer ações que possam levar à deterioração da situação atual”, destacou a força naval.
A Eunavfor Aspides comentou que todos a bordo do barco foram transportados para Djibuti, no leste da África, que era o porto seguro mais próximo.
Antes de chegar ao Sounion, a operação militar da UE “destruiu” um Navio de Superfície Não Tripulado (USV) que, segundo ela, “representava uma ameaça iminente ao navio e à tripulação”. A força naval não disse quem estava por trás do ataque.
O Ministério da Navegação da Grécia chamou o ataque ao petroleiro de “violação flagrante do direito internacional e uma séria ameaça à segurança da navegação internacional”.
Ataques a navios porta-contêineres no Mar Vermelho vêm causando estragos em uma das rotas comerciais mais importantes do mundo há meses.
Militantes Houthi apoiados pelo Irã intensificaram seus ataques a navios no final de novembro do ano passado, em retaliação à guerra de Israel contra o Hamas.