Não se pode tirar conclusão de resultado das eleições com base em um estado republicano, diz diretor da Eurasia ao WW
Christopher Garman destaca que resultados da Flórida não refletem necessariamente tendência nacional na disputa presidencial americana
As eleições presidenciais nos Estados Unidos estão em andamento, e especialistas alertam sobre a importância de evitar conclusões precipitadas com base em resultados parciais.
Para o cientista político Christopher Garman, diretor-executivo para as Américas do grupo Eurasia, não é possível tirar conclusões definitivas sobre uma tendência nacional com base apenas nos votos do estado da Flórida, historicamente republicano.
Durante entrevista ao WW nesta terça-feira (5), Garman destacou que o momento atual das apurações é considerado uma ‘zona de perigo’ para análises.
“Todo mundo está tentando avaliar filigranas de dados e projetar uma tendência para o país como um todo e o colégio eleitoral”, explicou o diretor da Eurasia.
Flórida: um caso à parte
O foco das atenções iniciais está na Flórida, onde os votos para o candidato republicano Donald Trump parecem ser ligeiramente maiores do que o esperado.
Garman ressalta que essa tendência não está necessariamente fora de linha, mas alguns distritos que eram tradicionalmente democratas estão apresentando resultados mais favoráveis aos republicanos.
O especialista alerta para a reação exagerada do mercado de apostas, que aumentou a probabilidade de vitória de Trump em 10 pontos percentuais devido aos resultados parciais da Flórida, e considera essa reação prematura, baseada em um ponto de dados que pode não ter tanto peso no contexto geral das eleições.
“Você está pegando dados parciais e muitas vezes você pode ter um estado como a Flórida que está indo mais republicano, mas não é um indicador que o resto do país seguirá a mesma tendência”, argumenta.