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    “Não se debate mudanças climáticas sem discussão de gênero”, diz especialista

    À CNN Rádio, Marcelle Decothe lembrou que as mulheres negras são as mais afetadas pelos efeitos do aquecimento global e precisam ser ouvidas na COP27

    Markus Spiske on Unsplash

    Ricardo Gouveiada CNN

    As soluções para as mudanças climáticas precisam ser discutidas com as pessoas atingidas pelos efeitos delas em comunidades.

    O diagnóstico vem da gestora de programas do Instituto Marielle Franco e integrante da Coalizão Negra por Direitos, Marcelle Decothe.

    Ela está na Cúpula do Clima da ONU, realizada no Egito.

    “São essas pessoas majoritariamente negras, essas mulheres que enfrentam cotidianamente a escassez de água e as enchentes, o produto das consequências climáticas que a gente vive no mundo”, apontou Marcelle em entrevista à CNN Rádio.

    “A gente está aqui para dizer que a solução tem que vir do protagonismo dessas pessoas.”

    Outro problema sinalizado pela gestora é a falta de representatividade feminina entre as lideranças presentes na COP27.

    “O que eu tenho visto é uma concentração de homens nas mesas de negociação global. E justamente mais mulheres no lugar da sociedade civil, que faz o diagnóstico, a cobrança e apresenta a solução”, relata.

    Marcelle Decothe alega que essa disparidade mostra que não é possível debater mudanças climáticas sem discutir gênero e sem ouvir as pessoas mais afetadas.

    *Com produção de Isabel Campos