‘Não queremos militantes afegãos na Rússia sob a cobertura de refugiados’, diz Putin
Agência de notícias russa afirma que presidente fez declaração sobre investida dos EUA de abrigar afegãos em países orientais


O presidente russo Vladimir Putin rejeitou neste domingo (22) a ideia de enviar pessoas refugiadas do Afeganistão para países próximos à Rússia, dizendo que não queria “militantes aparecendo aqui sob a cobertura de refugiados”, informaram agências de notícias russas.
Putin criticou a ideia de alguns países ocidentais de realocar refugiados do Afeganistão para os países vizinhos da Ásia Central enquanto seus vistos para os Estados Unidos e Europa estão sendo processados.
“Isso significa que eles podem ser enviados sem visto para esses países, para nossos vizinhos, enquanto eles próprios (o Ocidente) não querem levá-los sem visto?” A agência de notícias TASS informou que Putin teria dito isso as líderes do partido Rússia Unida.
“Por que existe uma abordagem tão humilhante para resolver o problema?” ele disse.
Os Estados Unidos mantiveram conversações secretas com vários países em uma tentativa desesperada de garantir acordos para abrigar temporariamente afegãos em risco que trabalharam para o governo dos EUA, informou a Reuters na semana passada.
Putin disse que a Rússia, que permite viagens sem visto para residentes de ex-países soviéticos da Ásia Central, se opõe a isso.
“Não queremos militantes aparecendo aqui sob a cobertura de refugiados”, teria dito Putin, segundo a TASS.
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Combatente do Talibã em patrulha em Cabul na quarta-feira (18) • AP
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Guardas afegãos tentam manter a ordem enquanto centenas de pessoas se reunem em frente ao Aeroporto Internacional de Cabul, na terça-feira (17) • AP
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Afegãos em frente ao Aeroporto Internacional de Cabul na terça-feira (17) • AP
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Combatentes do Talibã em guarda em um posto próximo à Embaixada dos Estados Unidos em Cabul, na terça-feira (17) • AP
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Combatente do Talibã de guarda em posto próximo à Embaixada dos Estados Unidos, na terça-feira (17) • AP
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Combatentes do Talibã de guarda pelas ruas de Cabul na quinta-feira (19), na celebração do "Dia da Independência do Afeganistão" • AP
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Afegãos agitam uma nova bandeira que se tornou símbolo da tomada do Talibã na quinta-feira (19) • AP
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Repórter Clarissa Ward, da CNN, nas ruas de Cabul, na quinta-feira (19) • Brent Swails/CNN via AP
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Combatentes do Talibã exibem armas nas ruas de Cabul na quinta-feira (19), durante o "Dia da Independência do Afeganistão" • AP
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Combatentes do Talibã durante o "Dia da Independência do Afeganistão" na quinta-feira (19) • AP
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Combatentes do Talibã com armas de ataque dos EUA são fotografados em um desfile do "Dia da Independência do Afeganistão", na quinta-feira (19) • Taliban
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Combatentes do Talibã em patrulha pelas ruas de Cabul na sexta-feira (20) • AP
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Soldados dos Estados Unidos puxando criança durante evacuação em Cabul na sexta-feira (20) • AP
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Soldado dos Estados Unidos cumprimenta criança no Aeroporto Internacional de Cabul, durante a retirada das tropas na sexta-feira (20) • AP
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Soldados dos Estados Unidos cercam Aeroporto de Cabul durante evacuação das tropas na sexta-feira (20) • AP
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Enquanto algumas nações ocidentais lutavam para evacuar as pessoas do Afeganistão, Moscou elogiou o Talibã por restaurar a ordem após sua conquista do país.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que os líderes do Talibã cumpriram suas promessas até agora.
“Estamos vendo as declarações dos Talibãs sobre cessar as ações de combate, uma anistia para todos os envolvidos no confronto, sobre a necessidade de um diálogo nacional … sendo implementadas”, disse.
Lavrov disse que o Talibã iniciou contatos com o ex-presidente afegão Hamid Karzai.
(Edição de Raissa Kasolowsky e Giles Elgood.)