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    Não há vontade política de EUA e OTAN por envolvimento em guerra, diz professor

    À CNN Rádio, Kai Enno Lehmann lembrou que Ucrânia não tem chances em termos militares de ganhar conflito contra a Rússia

    Bombeiros ucranianos chegam para resgatar cidadãos após ataque aéreo atingir um prédio residencial em Chuhuiv, Kharkiv Oblast, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022
    Bombeiros ucranianos chegam para resgatar cidadãos após ataque aéreo atingir um prédio residencial em Chuhuiv, Kharkiv Oblast, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 Anadolu Agency via Getty Images

    Alessandra FerreiraAmanda Garciada CNN

    Em São Paulo

    Na avaliação do professor de Relações Internacionais da USP, Kai Enno Lehmann, “não há boas opções” no momento para uma saída do conflito da Ucrânia, após a invasão de tropas russas.

    “Confesso que estava esperando um conflito que se estendesse por algum tempo, não esperava escalada tão rápida. A Ucrânia não tem a menor chance de impedir uma invasão russa até Kiev. Se é isso que o presidente Vladimir Putin quer fazer, ele vai fazer”, disse, em entrevista à CNN Rádio.

    Para Kai Lehmann, muitos dos países vizinhos não esperavam pela invasão russa de forma tão rápida. Ele ainda ponderou: “Não vai ter uma vontade política por parte da Otan ou dos EUA de se envolver ativamente numa guerra na Ucrânia.”

    Justamente por isso, “as opções são de estrangulamento econômico, mas não será de hoje para amanhã, mas sim de longo prazo, me parece que haverá isolamento político total dos russos.”

    O professor lembrou que o conflito, na verdade, nada tem a ver com a Otan, “é sobre um objetivo que Putin estabeleceu 20 anos atrás para restabelecer a Rússia como potência mundial após a dissolução da União Soviética, e o mundo não levou isso a sério.”

    “Teremos consequências [do conflito] para muitos países ocidentais que dependem, por exemplo do gás russo, então nós estávamos dormindo e Putin se aproveitou disso. Não há opções boas no momento”, completou.