“Não estou ofendido”, diz Boric sobre fala de Lula de que ele estaria nervoso na cúpula Celac-UE
Presidente do Chile foi criticado pelo líder brasileiro por sua posição no encontro sobre dificuldades dos países da América Latina em criticar a invasão russa da Ucrânia


O presidente do Chile, Gabriel Boric, disse que não se sentiu ofendido com as declarações do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobre a participação dele na cúpula Celac–UE. O chileno falou ainda não haver diferenças substanciais entre ele e Lula.
“Não me sinto ofendido, estou tranquilo. Hoje, podemos ter diferenças em relação a isso [o posicionamento sobre a guerra na Ucrânia], mas a posição do Chile é uma de princípios e, nisso, acredito, temos que ser claros, não podemos deixar espaço para dúvidas”, declarou Boric nesta quarta-feira (19). “E não tenho dúvidas de que ambos buscamos a paz”, completou.
Lula havia afirmado que Boric “parecia um pouco mais nervoso do que os outros” presidentes durante o encontro dos 60 países membros da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia (UE), ocorrido no início desta semana.
“Provavelmente porque deve ter sido a primeira reunião que Boric participa da União Europeia com a América Latina, ele está um pouco mais ansioso do que os outros. Só isso”, comentou Lula na ocasião.
FOTOS – Imagens mostram a destruição da guerra entre Rússia e Ucrânia
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Veja imagens que mostram a destruição da guerra na Ucrânia após cerca de um ano e meio de conflito • 30/06/2023 REUTERS/Valentyn Ogirenko
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Vista mostra ponte Chonhar danificada após ataque de míssil ucraniano, em Kherson, Ucrânia • 22/06/2023Líder da região de Kherson Vladimir Saldo via Telegram/Handout via REUTERS
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Casas inundadas em bairro de Kherson, Ucrânia, quarta-feira, 7 de junho de 2023. • Felipe Dana/AP
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Prédio destruído em Mariupol, na Ucrânia • 14/04/2022 REUTERS/Pavel Klimov
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Área residencial inundada após o colapso da barragem de Nova Kakhovka na cidade de Hola Prystan, na região de Kherson, Ucrânia, controlada pela Rússia, em 8 de junho. • Alexander Ermochenko/Reuters
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Imagens de drone obtidas pelo The Wall Street Journal mostram soldado russo se rendendo a um drone ucraniano no campo de batalha de Bakhmut em maio. • The Wall Street Journal
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Vista aérea da cidade ucraniana de Bakhmut • Vista área da cidade ucraniana de Bakhmut em imagem de vídeo15/06/202393rd Kholodnyi Yar Brigade/Divulgação via REUTERS
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Socorristas trabalham em casa atingida por míssil, em Kramatorsk, Ucrânia • 14/06/2023Serviço de Imprensa do Serviço Estatal de Emergência da Ucrânia/Handout via REUTERS
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A cidade de Velyka Novosilka, na linha de frente, carrega as cicatrizes de um ano e meio de bombardeios. • Vasco Cotovio/CNN
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Crateras e foguetes não detonados são uma visão comum na cidade de Velyka Novosilka, que foi atacada pelas forças russas. • Vasco Cotovio/CNN
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Policial ucraniano dentro de cratera perto do edifício danificado por drone russo. • Reprodução/Reuters
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Rescaldo de um ataque de míssil russo na região de Zhytomyr • Bombeiros trabalham em área residencial após ataque de míssil russo na cidade de Zviahel, Ucrânia09/06/2023. Press service of the State Emergency Service of Ukraine in Zhytomyr region/Handout via REUTERS
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Danos à barragem de Nova Kakhovka, no sul da Ucrânia, são vistos em uma captura de tela de um vídeo de mídia social. • Telegram/@DDGeopolitics
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Vista da ponte destruída sobre o rio Donets • Lev Radin/Pacific Press/LightRocket via Getty Images
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Ataque com míssil mata criança de 2 anos e deixa 22 pessoas feridas na Ucrânia, diz governo • Ministério da Defesa da Ucrânia/Divulgação/Twitter
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Foto tirada por ucraniana após ataques com drones russos contra Kiev. Drones foram abatidos, mas destroços provocaram estragos. • Andre Luis Alves/Anadolu Agency via Getty Images
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Morador local de pé em frente a prédio residencial fortemente danificado durante o conflito Rússia-Ucrânia, no assentamento de Toshkivka, região de Luhansk, Ucrânia controlada pela Rússia • 24/03/2023REUTERS/Alexander Ermochenko
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Soldados ucranianos disparam artilharia na linha de frente de Donetsk em 24 de abril de 2023. • Muhammed Enes Yildirim/Agência Anadolu/Getty Images
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Ataque de mísseis russos atingem prédio residencial em Uman, na região central da Ucrânia • Reuters
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Vista aérea da cidade ucraniana de Bakhmut capturada via drone • 15/04/2023 Adam Tactic Group/Divulgação via REUTERS
Durante a resposta, Boric ainda elogiou o líder brasileiro e comentou que outros líderes da América Latina também poderiam estar nervosos, já que também estavam, assim como ele, pela primeira vez em uma cúpula da Celac-UE. “A cúpula Celac-UE não acontecia há oito anos, portanto, acho que foi a primeira cúpula para muitos líderes”.
“Eu respeito e amo muito o Lula. Mas, se me perguntam se eu quero que a guerra acabe, sim, eu quero que a guerra acabe. E acredito que temos que ser muito claros ao dizer que esta é uma guerra de agressões inaceitáveis. Independentemente das posições que a gente pode ter em relação às presidências temporárias de um país ou de outro. O importante é que sejamos capazes de defender o direito internacional a todo custo”, finalizou Boric.
A resposta do presidente chileno foi dada após ele desembarcar na estação Lyon-Part-Dieu, em Paris, na França, a última parada de uma viagem internacional que vem fazendo. Boric foi questionado pela imprensa sobre alguns assuntos de interesse internacional, entre eles as recentes declarações do presidente do Brasil.
*Publicado por Pedro Jordão, com informações da CNN Chile