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    “Não consigo acreditar, achei que eu iria morrer”, diz repatriada de Gaza ao chegar ao Brasil

    Shaed Al-Banna morava em São Paulo e foi para o enclave por causa de sua mãe, que estava com câncer e queria se despedir dos familiares

    Douglas Portoda CNN , em São Paulo

    Até agora eu não consigo acreditar que estou aqui, que estou viva ainda, achei que iria morrer, disse a brasileira repatriada da Faixa de Gaza Shaed Al-Banna, na última segunda-feira (13), ao chegar na Base Aérea de Brasília.

    “Achamos que o dia 7 de outubro seria um dia normal. Eu estava me preparando para ir à faculdade e, de repente, começaram a bombardear todos os lugares, sem avisos, e a ficamos assustadas. Em um ponto, chegamos a pensar que não conseguiríamos a sair de lá e que iriamos todos morrer e ninguém vai saberia da gente”, afirmou Shaed.

    “Mas, graças a Deus, graças ao governo brasileiro e graças ao presidente do Brasil, à Força Aérea, a embaixada e a todos, nós estamos aqui agora”, prosseguiu.

    Shaed, que mora em São Paulo, contou que foi para Gaza por sua mãe estar com câncer e ter a vontade de se despedir dos familiares que lá estavam. Ela faleceu ao chegar no enclave.

    A avó de Shaed não havia sido colocada na primeira lista por um “mero erro”. Posteriormente, ela foi incluída e retornou ao Brasil.

    Chegada em Brasília

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi até a Base Aérea para fazer a recepção dos cidadãos, que esperaram mais de três semanas até conseguir autorização para conseguir sair do enclave atingido pela guerra entre Israel e o Hamas.

    Das 34 pessoas que pediram ao governo brasileiro para serem repatriadas – 24 brasileiros e 10 familiares palestinos próximos –, 32 deixaram a área do conflito. Segundo apurou a CNN, duas brasileiras, mãe e filha, decidiram ficar no território palestino por motivos pessoais.

    Os resgatados poderão solicitar a inclusão no Bolsa Família e outros programas de benefícios assistenciais, segundo informou o Ministério do Desenvolvimento Social.

    O grupo de brasileiros passará duas noites em um alojamento na Base Área, onde serão atendidos por assistentes sociais, além de receberem atendimento médico e psicológico.

    Todos passarão por atendimento de regularização migratória e serão incluídos no Cadastro Único, que possibilita ser beneficiado pelos programas sociais do governo federal.

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