Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    MPs de diversos países condenam assassinato de promotor do Equador e pedem investigação

    César Suárez investigava a invasão de estúdio de televisão por homens armados; ele também apurou casos ligados ao narcotráfico

    Luciana Taddeoda CNN , em Buenos Aires, Argentina

    Associações de Ministérios Públicos, procuradores e funcionários judiciais de diversos países latino-americanos manifestaram pesar pelo assassinato do promotor equatoriano César Suárez, a tiros, na quarta-feira (17), na cidade de Guayaquil, e pediram rápida identificação e punição os criminosos.

    “Quando um membro do Ministério Público é atacado, em qualquer parte do mundo, todo o MP é atacado. Entendemos que uma investigação célere e a responsabilização dos envolvidos são o único caminho para assegurar a defesa do Estado de Direito e da Democracia”, diz comunicado da Associação Nacional dos Procuradores do Brasil.

    O Ministério Público do Peru, por sua vez, condenou “enfaticamente o atentado” contra o promotor e expressou solidariedade ao povo equatoriano diante dos episódios de violência.

    Já a Conferência de Ministros de Justiça dos Países Iberoamericanos (COMJIB) e a Rede Iberoamericana de Cooperación Jurídica Internacional (IberRed) condenaram “veementemente” o crime e manifestaram “repúdio a qualquer tipo de intimidação a funcionários da administração de justiça na região e no mundo”.

    No Chile, a Associação de Promotores enviou condolências à família e amigos do promotor e exigiu “às autoridades correspondentes que sejam indagados a fundo esses horríveis fatos que são um amedrontamento à autonomia e independência judicial, ao Estado de Direito e à Democracia.”.

    A Associação de Juízes e Funcionários da Justiça Argentina, por sua vez, pediu o “rápido esclarecimento dos fatos e dos responsáveis da ação tão insidioso e covarde”.

    Assassinato do promotor

    César Suárez, promotor equatoriano que investigava a invasão do canal TC Televisión, foi assassinado na tarde de quarta por criminosos que efetuaram ao menos 18 disparos contra seu veículo.

    Em sua trajetória como promotor, Suárez também investigou corrupção em hospitais e a atuação do narcotráfico.

    Segundo a Polícia Nacional do Equador, ao menos quatro pessoas participaram do assassinato. Na noite de quarta, em mandados de busca e apreensão, as autoridades confiscaram um fuzil e pistolas.

    Um táxi e uma motocicleta utilizados para a fuga dos criminosos também foram apreendidos. Já o veículo usado no assassinato do promotor foi incendiado pelos suspeitos.

    A polícia trabalha com a hipótese de que os assassinos pertencem à quadrilha ChoneKillers, um dos grupos criminosos classificados pelo governo como organizações terroristas em um decreto assinado na semana passada, que também estabelece que o Equador está em um conflito armado interno.

    De acordo com o general de distrito Victor Herrera Leiva, o promotor assassinado contou com proteção policial permanente somente até 10 de maio do ano passado, porque não teria renovado a solicitação para manter a segurança.

    O general afirma, no entanto, que ele contava com acompanhamento policial durante alguns procedimentos. A motivação do crime continua sendo investigada.

    Tópicos