Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Moscou e Kiev se acusam de bombardear usina nuclear na Ucrânia

    O complexo de Zaporizhzhia, operado por técnicos ucranianos, foi capturado pelas forças russas no início de março

    Pavel Polityukda Reuters

    Moscou e Kiev se acusaram nesta terça-feira (6) de arriscar uma catástrofe ao bombardear a usina nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, enquanto aguardam um relatório da agência nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre sua condição.

    A usina, operada por técnicos ucranianos, foi capturada pelas forças russas no início de março, logo após a invasão da Ucrânia.

    Rússia e Ucrânia se acusam há semanas de colocar em risco sua segurança – e a da Europa – ao bombardear o local e áreas vizinhas. Mas, até agora, nenhum terceiro independente conseguiu estabelecer quem infligiu qual dano à usina.

    Não está claro se isso mudará na terça-feira, quando a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) das Nações Unidas divulgar um relatório baseado em uma missão de apuração de fatos sobre a usina que deve detalhar os danos.

    O chefe da AIEA, Rafael Grossi, liderou a missão na semana passada e dois funcionários da AIEA permanecem no local monitorando a situação. Grossi deve informar o Conselho de Segurança da ONU em Nova York sobre as descobertas ainda nesta terça-feira.

    O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou na segunda-feira sobre uma quase “catástrofe de radiação” na usina e disse que o bombardeio da Rússia mostrou que Moscou “não se importa com o que a AIEA dirá”.

    A Rússia, que questionou por que iria bombardear suas próprias forças que, segundo ela, está guardando a usina, acusou na terça-feira as tropas ucranianas de bombardear a instalação, a maior da Europa, um dia antes.

    A missão diplomática da Rússia junto a organizações internacionais em Viena, onde a AIEA está sediada, disse no Telegram que três projéteis ucranianos caíram perto da usina, e publicou imagens de impactos de projéteis para apoiar sua afirmação.

    A Reuters não pôde verificar as alegações de nenhum dos lados.