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    Morrem ao menos 14 venezuelanos que teriam tentado refúgio em Trinidad e Tobago

    Governo venezuelano localizou 14 corpos na costa e disse investigar caso. Informações preliminares indicam que barco de refugiados naufragou com 20 a bordo

    Por Marlon Sorto, , da CNN

    Os corpos de 14 pessoas foram encontrados neste final de semana na costa venezuelana no nordeste do país, próximo à cidade de Güiria, no estado de Sucre, segundo informou neste domingo (13) o governo do país, por meio do Ministério do Poder Popular para Relações Internas Justiça e Paz da Venezuela.

    As vítimas faziam parte de um grupo que supostamente partiu para a ilha na semana passada tentando deixar a Venezuela para se refugir em Trinidad e Tobago, disseram autoridades da oposição e organizações não governamentais.

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    Segundo o ministério, neste sábado, uma patrulha da Guarda Costeira encontrou 11 mortos a cerca de 7 milhas náuticas da costa. Neste domingo, os corpos de mais 3 foram descobertos em uma praia.

    Por sua vez, a Guarda Costeira de Trinidad e Tobago informou neste domingo que recebeu informação de “autoridades venezuelanas” de que recuperaram os corpos.

    Informações preliminares sugerem que um barco saiu de Güiria no dia 6 de dezembro de 2020 com 20 pessoas a bordo. “As pessoas não foram vistas ou fizeram contato com alguém desde então”, disse o comunicado.

    O ministério venezuelano afirmou que “não tem conhecimento de nenhum cidadão manifestando o desaparecimento de um familiar”.

    A Guarda Costeira de Trinidad e Tobago informou que as autoridades do país “não interceptaram os barcos que deixaram Güiria em 6 de dezembro ou depois”.

    A nota acrescenta que Trinidad e Tobago está trabalhando com as autoridades venezuelanas em um esforço de busca, embora não tenha fornecido maiores detalhes.

    Controvérsias sobre as mortes

    A deputada da Assembleia Nacional pelo estado de Sucre, Milagros Paz, disse no Twitter que o grupo de pessoas stava no barco porque “partiram para Trinidad fugindo da crise e em busca de um futuro melhor para seus entes queridos”.

    A política pediu que a ONU e a Organização dos Estados Americanos a “intervisse diante desta tragédia humanitária”.

    A organização Caritas da Venezuela também lamentou o fato e disse em uma mensagem que os migrantes “se aventuraram no mar depois de desejar uma vida melhor, mas submergiram para se tornarem luto”.

    Por sua vez, o presidente da Assembleia Nacional e reconhecido por mais de 50 países como o presidente encarregado da Venezuela, Juan Guaidó, disse neste domingo em entrevista coletiva que se tratava de uma “tragédia sem precedentes”.

    “Hoje acordamos de luto, acho que é uma tragédia sem precedentes para nós, com o agravamento do tratamento que os venezuelanos receberam em Trinidad, a recente extradição das crianças, com que hoje devemos não só denunciar esta situação, mas também um motivo adicional para não nos rendermos, um motivo adicional para lutar pela Venezuela, para proteger nosso povo ”, disse Guaidó.

    O Ministério do Poder Popular de Relações Internas, Justiça e Paz, indicou no comunicado que “todas as forças de segurança estão na tarefa de investigar esses fatos, então não descartamos que haja vínculos com as quadrilhas criminosas da área, devido a que é sabido que existem ações criminosas ”.

    No final de novembro, um grupo de 27 migrantes venezuelanos voltou ao país depois de ser deportado de Trinidad e Tobago em dois precários barcos de madeira. Pelo menos 16 menores de idade viajavam no grupo.

    Na ocasião, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) expressou sua “preocupação” com a expulsão de venezuelanos do país caribenho.

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