As forças armadas ucranianas anunciaram nesta sexta-feira (25) que o tenente-general russo Yakov Rezantsev foi morto durante os combates em Chornobaiivka, na região de Kherson, no sul do país.
Segundo a Ucrânia, o oficial do exército russo era o comandante do 49º Exército Combinados de Armas do Distrito Militar Sul da Federação da Rússia. O Ministério da Defesa russo não comentou as alegações.
Se confirmada, a morte de Rezantsev será a sétima de um general russo em combate, na guerra da Ucrânia. Quase metade dos 20 generais que, segundo as informações militares ocidentais, comandam a frente de combate russa.
Presumably, this is Lieutenant General Yakov Rezantsev whom Ukrainian officials claimed was killed near Kherson airport. Rezantsev is a DVOKU graduate and is the commander of the Southern Military District's 49th Combined Army Army.https://t.co/Fyfarc6Lw5https://t.co/MwttB050Sf https://t.co/QzO5B1K1l7 pic.twitter.com/8Z01bPSUF2
— Rob Lee (@RALee85) March 25, 2022
A primeira baixa de peso confirmada foi de Andrei Sukhovetsky, um major-general russo que comandava a 7ª Divisão Aérea. O oficial russo tinha 47 anos e morreu no dia 3 de março, supostamente vítima de um sniper ucraniano.
This is General Andrei Sukhovetsky. He oversaw brutal attacks against civilians in Syria, Crimea, and possibly during the present Ukraine invasion.
Thanks to brilliant use of intelligence and forcing Russia into a major communications blunder, he won't be murdering any longer. pic.twitter.com/hAlTTaLsD5
— The Dark Moon (@Blacklightmoon_) March 18, 2022
Poucos dias depois, em 7 de março, foi confirmada a morte de outro general. Desta vez, tratava-se de Vitaly Gerasimov, major-general e primeiro vice-comandante do 41º exército do Distrito Militar Central da Rússia, eliminado pelas tropas ucranianas nos arredores da cidade de Kharkiv, um dos principais alvos russos no início da ofensiva.
O major-general Andrei Kolesnikov, comandante do 29º Exército Combinado de Armas, morreu em 11 de março, provocando mais um duro golpe na capacidade de combate russa. Em menos de dez dias, o exército russo perdeu três dos seus principais líderes.
2. Major general Vitaly Gerasimov.
According to Ukrainian authorities and Bellingcat, he was killed on 7 March 2022 near Kharkiv, along with several other senior Russian officials.
CNN said it hasn't independently verified Gerasimov's death & US officials have not confirmed it. pic.twitter.com/r2z4xqJDAC
— Fuad Alakbarov (@DrAlakbarov) March 19, 2022
Na cidade sitiada de Mariupol, o combate se dá rua a rua, prédio a prédio. E foi lá que o major-general Oleg Mityaev, comandante da 150ª divisão de fuzileiros motorizados russa, foi morto por combatentes do Batalhão Azov.
Também o coronel Sergei Sukharev, comandante do 331º regimento de paraquedistas russo, foi morto junto com várias outras chefias russas, de acordo com a televisão estatal russa. As forças ucranianas falam numa emboscada ao seu posto de comando.
Another senior Russian officer terminated in Ukraine: the commander of the 331st airborne regiment, Colonel Sergei Sukharev, is confirmed killed by Ukrainian forces. Sukharev played a key role in the massacre of Ukrainian troops retreating via “green corridor” at Ilovaisk in 2014 pic.twitter.com/U6jO1pyHgb
— Business Ukraine mag (@Biz_Ukraine_Mag) March 18, 2022
A sétima alta patente russa a morrer foi um tenente-general. O comandante do oitavo esquadrão de Armas Combinadas, Andrey Mordvichev, morreu numa contraofensiva ucraniana, junto ao aeroporto de Kherson, no sul do país.
Há ainda de se registar a morte do vice-comandante da frota russa do Mar Negro, o capitão Andrey Paly, que perdeu a vida durante o cerco à cidade portuária de Mariupol.
Another one: Andrey Paly, deputy commander of the Russian black sea fleet. https://t.co/sc06VofTk8 pic.twitter.com/YXD07Fm17C
— 🖥️☠️🏴🇺🇦 فرانسي (@fr4nc15_93) March 20, 2022
A Rússia iniciou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, entre a população civil, pelo menos 1.081 mortos, incluindo 93 crianças, e 1.707 feridos, entre os quais 120 são menores.
Também provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, das quais 3,7 milhões foram para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções econômicas e políticas a Moscou.