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    Morre aos 72 anos rei Zulu Goodwill Zwelithini, o ‘monarca visionário’

    Zwelithinini era reconhecido por autoridades políticas dos mais diversos espectros ideológicos na África do Sul; ele se considerava o guardião da cultura Zulu

    O rei da etnia Zulu, Goodwill Zwelithini, de 72 anos, morreu nesta sexta-feira (12). Ele se considerava o guardião da cultura de seu povo e foi elogiado pelo presidente sul-africano Cyril Ramaphosa como um “monarca visionário”.

    Zwelithini morreu no hospital, disse a família real. Ele foi internado em um hospital na província de KwaZulu-Natal no mês passado para tratamento de diabetes.

    Embora seu papel fosse amplamente cerimonial, Zwelithini era reverenciado por seu povo e tinha vasta influência sobre milhões de zulus.

    Ramaphosa saudou sua contribuição para a unidade nacional e o desenvolvimento econômico em KwaZulu-Natal e na África do Sul como um todo. O partido de oposição Aliança Democrática chamou Zwelithini de “uma figura extremamente importante e influente em nosso cenário político e cultural nas últimas cinco décadas”.

    “Tragicamente, ainda no hospital, a saúde de Sua Majestade piorou e ele faleceu nas primeiras horas desta manhã”, dizia um comunicado emitido pelo Príncipe Mangosutho Buthelezi, fundador do Partido da Liberdade Inkatha e tradicional primeiro-ministro do monarca Zulu.

    “Em nome da Família Real, agradecemos à nação por suas contínuas orações e apoio neste momento tão difícil.”

    Zwelithini foi oficialmente coroado, em 1971, o oitavo monarca do maior grupo étnico da África do Sul  depois de se esconder temendo ser assassinado quando seu pai morreu em 1968.

    Em 1984, ele reviveu a dança do junco, uma prática do século XIX que é baseado em milhares de donzelas de seios nus dançando na frente do rei para celebrar sua beleza e virgindade na província de KwaZulu-Natal.

    Enfrentando críticas, Zwelithini sempre defendeu as suas decisões dizendo que ajudou a conter o sexo antes do casamento e a disseminação da AIDS.

    “Sinto que não é apenas uma perda para a nação zulu, mas a perda da cultura em si”, disse à Reuters Noni Casmiro, moradora de Joanesburgo.

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