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    Moradores de Paris votam a favor da proibição de patinetes elétricos alugáveis

    Entre 2021 e 2022, foram 516 acidentes e três mortes envolvendo dispositivos motorizados de transporte pessoal em geral; Proprietários de patinetes elétricos não serão afetados

    Pierre BairinJoseph Atamanda CNN* , Paris

    Moradores de Paris votaram a favor da proibição do aluguel de patinetes elétricos na capital francesa. Quase 90% dos que compareceram no domingo (2) para um referendo organizado pelo gabinete da prefeita de Paris votaram pela proibição. No entanto, o comparecimento foi muito baixo, com apenas 7,46% dos eleitores registados votando em uma das 203 assembleias de voto abertas para a ocasião.

    “Em 1º de setembro, não haverá mais aluguel de patinetes elétricos em Paris. […] Esta é uma vitória para a democracia local”, disse a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, em entrevista coletiva no fim de semana.

    A proibição entrará em vigor no final de agosto, quando expiram os contratos das operadoras de patinetes da cidade. Proprietários privados de patinetes elétricos não serão afetados.

    As operadoras responderam rapidamente à notícia do resultado do referendo. “A consequência real é para nossos 400 mil usuários mensais, para os 800 funcionários da Dott, em Paris. Então também é para os moradores, já que, matematicamente falando, se subtrairmos os patinetes, é mais saturação no transporte público e mais veículos individuais”, disse Nicolas Gorse, diretor de negócios da operadora de patinetes Dott, à rádio RMC na manhã de segunda-feira (3).

    Nos últimos anos, Paris introduziu uma série de medidas destinadas a reduzir a dependência de carros particulares e aumentar o apelo para o uso de outros meios de transporte. Ciclovias, aluguel subsidiado de bicicletas elétricas, transporte público melhorado e aluguel de patinetes elétricos fazem parte dessa campanha.

    Entre meados de 2012 e de 2022, o ano mais recente para o qual há dados disponíveis, houve uma queda de 33% no tráfego nas ruas de Paris, segundo a prefeitura.

    No entanto, em um relatório de novembro passado, a Academia Francesa de Medicina descreveu os patinetes elétricos como um “verdadeiro problema de saúde pública” e destacou que “acidentes relacionados a patinetes elétricos estão associados a um número significativo de lesões graves”.

    A polícia de Paris não coleta números de lesões e mortes causadas especificamente por patinetes elétricos. No entanto, entre 2021 e 2022, o número de acidentes envolvendo “dispositivos motorizados de transporte pessoal” – que inclui os patinetes elétricos, hoverboards e skates motorizados – aumentou quase um terço, para 516 acidentes, resultando em três mortes, disse a polícia.

    Paris não é a única cidade europeia a lutar com os patinetes elétricos. Barcelona foi uma das primeiras, mas os proibiu parcialmente em partes históricas da cidade desde 2016.

    Em Londres, os patinetes elétricos de propriedade privada continuam ilegais para uso em vias públicas, mas os testes públicos estão sendo realizados com três operadoras desde meados de 2021.

    *Com informações de Sana Noor Haq, Aurore Laborie, Alex Hardie e Oliver Briscoe, da CNN.

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