Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Moradores de cidade das Filipinas limpam praia em troca de arroz

    Desde que esforços de limpeza começaram em 2022, mais de 4 mil kg de lixo foram recolhidos e trocados por um total de 2,6 mil kg de arroz

    Adrian Portugalda Reuters

    O programa “Plastic Palit Bigas”, ou “plástico em troca de arroz”, envolve moradores da cidade de Mabini, perto da capital filipina, que trocam sacos de lixo recolhidos na praia – independentemente do peso – por um quilograma de arroz.

    Liderado por Giulio Endaya e seu grupo de voluntários, o projeto é financiado por doações de particulares e pequenas empresas que defendem a conservação marinha.

    Mabini é um destino popular de mergulho localizado no Triângulo de Coral, um centro global de biodiversidade marinha que abrange seis países, incluindo Filipinas, Indonésia e Malásia.

    “A área tem visto um aumento na quantidade de lixo que chega ao longo de suas margens a cada ano”, disse Endaya.

    “Já vi tartarugas marinhas enredadas em redes e outros tipos de plástico. E recentemente temos encontrado cada vez mais microplásticos, mesmo nos peixes que comemos, por isso também são prejudiciais para nós”, ele acrescentou.

    De acordo com o líder do projeto, desde que os esforços de limpeza começaram em outubro de 2022, mais de 4.300 quilogramas de lixo foram recolhidos e trocados por um total de 2.600 quilogramas de arroz.

    O programa tem sido uma “grande ajuda” para alguns residentes, como Janeth Acevedo, de 46 anos, que enfrentou dificuldades com os custos crescentes de produtos básicos como o arroz.

    “Em um mês preciso de quatro sacos e meio de arroz, agora tudo o que tenho para comprar são dois sacos, o que é uma grande ajuda para poupar dinheiro”, disse a moradora enquanto separava o lixo durante uma campanha de limpeza.

    As Filipinas são o pior poluidor do planeta no que diz respeito à libertação de resíduos plásticos no oceano, representando 36% do total global, de acordo com um relatório atualizado de abril de 2022 do projeto “Our World in Data” da Universidade de Oxford.

    Tópicos