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    Monarquia não tem legitimidade da República, diz diplomata

    No entanto, Marcos Azambuja, embaixador e Conselheiro Emérito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais, disse à CNN que família real britânica representa a "alma do povo"

    Ingrid OliveiraElis Francoda CNN

    Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (19), Marcos Azambuja, embaixador e Conselheiro Emérito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais, disse que a monarquia britânica não tem legitimidade da República, mas representa a alma de um povo. 

    “A monarquia é mais humana no sentido que ela respeita mais a sequencialidade que é o desdobramento do tempo. Ela não tem a legitimidade da República, que é o voto, a expressão do cidadão, mas tem uma coisa extraordinária que é representar a alma de um povo”, afirmou. 

    De acordo com o embaixador, esse é um momento de o povo se identificar com o país. 

    “A Inglaterra hoje está vivendo um dia de identidade profunda com ela mesma, com a sua história e com esperanças renovadas para seu futuro”, disse Azambuja.

    O embaixador disse ainda que os 11 dias de funeral de Elizabeth II serviu para a família real se legitimar. 

    “A família real é cara, ela sabe que ela custa ao tesouro britânico muito dinheiro. Então, nesses momentos ela retribui à nação o que ela recebe da nação”, avaliou. 

    “Há um sentimento que ao providenciar à Inglaterra e ao mundo esse espetáculo, ela está justificando o que custa, justificando essa razão de ser”, continuou.

    A família real acompanha o funeral  rainha Elizabeth II, que morreu no dia 8 de setembro, aos 96 anos. Os ritos incluem procissões do Palácio de Buckingham até a Abadia de Westminster e o Castelo de Windsor, onde ocorre o enterro.

    Essa é a primeira cerimônia do tipo na Grã-Bretanha desde a morte de Winston Churchill, em 1965. O funeral de Estado começou às 7h, no horário de Brasília.