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    ‘Momento difícil para ser asiático’, diz manifestante sobre onda de violência

    Movimento Stop Asian Hate se espalhou nos Estados Unidos desde que um homem na Geórgia matou oito pessoas em Atlanta, incluindo seis mulheres asiáticas

    Paul Vercammen, CNN

    Tam Nguyen, um dos vários manifestantes em um ato do Stop Asian Hate, movimento que pede fim aos ataques de ódio contra os asiáticos, em Koreatown, tremeu de raiva enquanto segurava uma carta racista.

    Nguyen contou que a mensagem foi enviada a vários salões de manicure vietnamitas na Califórnia esta semana, mas não ao dele, e é um exemplo claro do ódio dirigido à comunidade asiática.

    “Minha mãe e meu pai vieram aqui para dar a mim e à minha irmã uma vida melhor – e agora não é isso que temos”, disse Tam Nguyen à CNN no sábado (27).

    “É um momento difícil para ser asiático. Quero ler esta (carta)”, pediu, e recitou uma série de calúnias racistas e estereótipos que terminavam com “vá para casa”.

    Enquanto Tam Nguyen lia a carta, Ted Nguyen (sem parentesco) também sentiu raiva. Os dois são uns dos fundadores do Nailing It For America , um grupo voluntário de profissionais do Condado de Orange que, segundo eles, forneceram equipamentos de proteção individual no valor de cerca de US$ 30 milhões (R$ 172 milhões) para profissionais de saúde nos Estados Unidos durante a pandemia.

    “Basta”, disse Ted Nguyen. “É por isso que estamos aqui em Koreatown: para nos unirmos aos nossos irmãos e irmãs asiáticos e a todas as pessoas. Isso não é e nem será tolerado.”

    O ato em Los Angeles é um dos muitos realizados nos Estados Unidos desde que um homem na Geórgia matou oito pessoas em três spas da área de Atlanta, incluindo seis mulheres asiáticas, em 16 de março.

    ‘Temos que proteger uns aos outros’, diz Lisa Ling

    Lisa Ling, autora e apresentadora de um programa semana na CNN, recebeu aplausos no sábado quando disse ao público que o ódio contra os asiáticos ameaça todos os americanos.

    “Fazemos parte dessa incrível tapeçaria com histórias e histórias de todos os cantos do mundo”, disse Ling. “E se um fio se soltar, todos nós podemos desmoronar. Portanto, temos que proteger uns aos outros.”

    Atual residente de Los Angeles, ela cresceu na área de Sacramento. A mãe de Ling é uma imigrante taiwanesa e seu pai um imigrante chinês de Hong Kong.

    Após seu discurso, Ling disse à CNN que os asiático-americanos são ensinados a manter a cabeça baixa, mas agora é a hora de compartilhar suas histórias.

    “Existem tópicos semelhantes, todos nós passamos por coisas semelhantes, todos nós experimentamos microagressões e até mesmo agressões”, disse Ling.

    “É muito importante para outros americanos fora da comunidade asiática entender que isso faz parte de nossas vidas, para que possamos estar conscientes de como parar de perpetrar esse tipo de microagressão.”

    ‘Por que o seu inglês é tão bom?’

    O vereador da cidade de Los Angeles, John Lee, afirma que pessoas não asiáticas lhe perguntam com frequência de onde ele é, e ele responde “do vale”, uma extensa região suburbana de Los Angeles, frequentemente celebrada na cultura pop. Lee nasceu em Van Nuys, no coração do Vale de San Fernando.

    Mas Lee, um coreano-americano, relata que muitas vezes as pessoas contestam com: “Não, de onde você realmente é?” e “Por que seu inglês é tão bom?”

    “Sempre me senti realmente americano, orgulhoso de meu país, também orgulhoso de minha herança”, disse Lee. “Mas só para ser aceito, você meio que deixa (perguntas dolorosas) de lado. E por muito tempo isso aconteceu.”

    Depois que Lee e outros compartilharam suas histórias, o estrondo de tambores coreanos tradicionais estourou na rua.

    Jovens bateram a batida com o hit “Dynamite”, da banda Coreana BTS, e um grupo de asiáticos americanos, junto apoiadores de outras raças, aplaudiram em união, o tema da marcha.

    (Texto traduzido, clique aqui e leia o original em inglês)

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