Missão africana quer negociar plano de paz entre Rússia e Ucrânia
Informação é do presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa; Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky devem receber grupo de autoridades do continente dentro dos esforços dos países não envolvidos no conflito
O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, disse nesta terça-feira (16) que o presidente russo, Vladimir Putin, e o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, concordaram em receber um grupo de autoridades africanas para discutir um possível plano de paz para o conflito.
“Minhas discussões com os dois líderes demonstraram que ambos estão prontos para receber os líderes africanos e discutir como este conflito pode ser encerrado”, disse Ramaphosa em coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro de Singapura. “Se isso terá sucesso ou não vai depender das discussões que serão realizadas”, disse ele.
Ramaphosa disse que o plano de paz também foi apoiado pelos líderes de Senegal, Uganda e Egito, acrescentando que o secretário-geral da ONU, os Estados Unidos e o Reino Unido também foram informados sobre a iniciativa. Washington e Londres expressaram apoio “cauteloso” ao plano de paz, acrescentou Ramaphosa.
A movimentação dos países africanos segue uma política diplomática que vem sendo discutida por países que não se envolveram no conflito e que, por sua neutralidade, acreditam ter condições de participar dos esforços para encerrar as hostilidades no Leste Europeu.
O Brasil é um desses países. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciou várias vezes em prol de uma mesa de negociação que reúna países que não enviaram tropas ou armas para nenhum dos dois lados.
Em entrevista exclusiva à âncora da CNN, Christiane Amanpour, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que Brasil continua empenhado em atuar como interlocutor para a costura de um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia e seguirá atuando neste sentido. “Nós estamos prontos para continuar (a negociar a paz) ao lado de outros países. Queremos promover discussão que possa resultar em um cessar-fogo para negociar a paz e aliviar o sofrimento das populações”.
(Publicado por Fábio Mendes, com informações da Reuters)