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    Miss beleza de Mianmar diz que está segura nas mãos de funcionários da ONU

    Han Lay criticou a junta militar que governa o país e busca asilo político no Canadá

    Kocha OlarnHeather Chenda CNN

    Uma rainha da beleza de Mianmar, que se refugiou na Tailândia depois de criticar a junta militar governante de seu país de origem, disse à CNN que agora está “segura” nas mãos de funcionários das Nações Unidas depois de enfrentar ameaças de deportação.

    Han Lay foi enviada de volta a Mianmar depois que autoridades tailandesas a pararam no Aeroporto Internacional de Suvarnabhumi, em Bangkok, na quarta-feira (21), devido a um problema com o passaporte. Ela está no limbo desde então, mas disse à CNN, nesta sexta-feira (23), que agora está sendo cuidada por funcionários da agência de refugiados da ONU no aeroporto e está buscando asilo político no Canadá.

    “Estou segura com o ACNUR agora. Eles estão tentando o melhor para mim. Mas não posso dizer mais nada por enquanto… até que o processo com o ACNUR e os funcionários da imigração tailandesa seja concluído”, disse ela.

    Han Lay, que foi parada no aeroporto depois de voltar de uma viagem ao Vietnã, acrescentou que adorava estar na Tailândia e queria permanecer no país. “Já é como se fosse minha segunda casa”, disse ela.

    O major-general de polícia Archayon Kraithong, vice-chefe do Departamento de Imigração da Tailândia, disse à CNN que Han Lay foi detida devido a um problema com o passaporte e que ela não poderia entrar na Tailândia “devido à lei de imigração”. Ele se recusou a dar detalhes completos, mas disse que ela não havia sido presa.

    Han Lay, 23, chamou a atenção internacional com um discurso emocionante durante as finais do concurso Miss Grand International Myanmar em 2020. Com um vestido tradicional birmanês, ela ergueu uma faixa com as palavras “Ore por Mianmar” para aumentar a conscientização global sobre as atrocidades de direitos humanos cometidas por funcionários da junta. Ela disse que desde sua apresentação no concurso ela recebeu “ameaças de morte”.

    Situação em deterioração

    A situação em Mianmar continua a se deteriorar após o golpe militar de 2021. Milhões continuam a resistir à junta governante liderada por Min Aung Hlaing, que matou centenas de manifestantes pró-democracia e prendeu a líder democraticamente eleita do país, Aung San Suu Kyi. Mas as alegações de violações dos direitos humanos continuam abundantes e desenfreadas.

    As execuções estatais voltaram e o conflito continua em todo o país.

    “A Tailândia não deve devolver a modelo e ativista de Mianmar Han Lay ao seu país, onde é conhecida por usar sua plataforma para se manifestar contra o golpe de 2021”, disse a Anistia Internacional em comunicado na sexta-feira (23).

    “Esses são os riscos reais enfrentados por quem destaca, expõe e documenta os terríveis abusos dos direitos humanos desde o golpe”, disse o grupo. “Han Lay deve ter permissão para se estabelecer em algum lugar seguro e Mianmar não é seguro para ela”.

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