Ministro russo pede reforço da defesa conjunta de Rússia e Belarus
Autoridade responsável pela Defesa da Rússia requisitou, por exemplo, um sistema regional unificado de defesa aérea
O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, pediu nesta quinta-feira (23) o fortalecimento das capacidades conjuntas de defesa da Rússia e de Belarus, incluindo um sistema regional unificado de defesa aérea.
“As circunstâncias ditam a necessidade de tomar medidas conjuntas urgentes para fortalecer a capacidade de defesa do Estado da União, aumentar a prontidão de combate do agrupamento regional de tropas e o sistema unificado de defesa aérea regional”, disse ele em uma reunião com o ministro da Defesa de Belarus, Viktor Khrenin, em Moscou.
Shoigu também chamou Belarus para ser o “amigo mais próximo da Rússia”. Alexander Lukashenko, um aliado próximo do presidente russo Vladimir Putin, é o único líder na Europa a apoiar a invasão da Ucrânia pela Rússia. A fronteira belorussa com a Ucrânia foi usada como parte da invasão pelas tropas russas.
Brics apoiam negociações entre Ucrânia e Rússia
Os países do Brics — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — disseram que apoiam as negociações entre a Rússia e a Ucrânia em um comunicado conjunto publicado no site do Kremlin nesta quinta-feira (23).
“Discutimos a situação na Ucrânia e lembramos nossas posições nacionais expressas no fórum apropriado, a saber, o Conselho de Segurança da ONU e a Assembleia-Geral da ONU. Apoiamos as negociações entre a Rússia e a Ucrânia”, destacava a nota.
“Também discutimos nossas preocupações sobre a situação humanitária dentro e ao redor da Ucrânia e expressamos nosso apoio aos esforços do secretário-geral da ONU, agências da ONU e Cruz Vermelha Internacional para fornecer assistência humanitária de acordo com os princípios básicos de humanidade, neutralidade e imparcialidade estabelecidos em Resolução 46/182 da Assembleia-Geral da ONU”, acrescentaram.
A cúpula dos Brics, organizada por Pequim, marca o primeiro fórum internacional do presidente russo, Vladimir Putin, com outros líderes de grandes economias desde que ele lançou sua invasão na Ucrânia em fevereiro.
Desde o início da guerra, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, indicou que estava disposto a manter conversas diretas com Putin.