Ministro da Ucrânia pede que as pessoas ignorem ‘previsões apocalípticas’
Ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, ressaltou em um tuíte que a o país tem um exército forte, apoio internacional e a fé dos ucranianos
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu neste domingo (6) que as pessoas ignorem “previsões apocalípticas” sobre uma iminente invasão russa, dizendo que seu país é forte e tem apoio internacional sem precedentes.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy disse há uma semana que a Ucrânia não era um Titanic afundando e acusou Washington e a mídia de alimentar o pânico que pesava sobre a economia quando “não havia tanques nas ruas”.
“Hoje, a Ucrânia tem um exército forte, apoio internacional sem precedentes e a fé dos ucranianos em seu país”, disse Kuleba em um tuíte.
“O inimigo deve ter medo de nós, não nós deles.”
Um dia antes, duas autoridades dos Estados Unidos disseram que a Rússia pode estar pronta para uma invasão em larga escala da Ucrânia em meados de fevereiro, pois tinha cerca de 70% do poder de combate que acreditava precisar e estava enviando mais grupos táticos de batalhão para o fronteira.
O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse no domingo que a Rússia pode tomar uma ação militar “a qualquer momento”, mas ainda pode optar pela diplomacia.
“Diferentes capitais têm cenários diferentes, mas a Ucrânia está pronta para qualquer desenvolvimento”, disse Kuleba.
O comissário econômico da União Europeia, Paolo Gentiloni, disse no domingo que o foco deve ser a diplomacia.
“Devemos ajudar os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que fazem fronteira com a Rússia e fortalecê-los também do ponto de vista militar”, contou à emissora nacional italiana RAI.
“Também devemos estar preparados para reações econômicas e sanções se houver uma deterioração.”
A Rússia reuniu mais de 100 mil soldados perto das fronteiras ucranianas, provocando temores de um ataque planejado. Moscou disse que não está planejando uma invasão, mas pode tomar uma ação militar não especificada se suas exigências de segurança não forem atendidas.
Isso inclui a promessa de que a Otan nunca admitirá a Ucrânia, uma exigência que Washington e a Otan disseram ser inaceitável.