Ministro da Saúde da Argentina renuncia após escândalo com vacina
O presidente Alberto Fernández pediu a renúncia de Ginés González García após relatos de acesso privilegiado a vacina
O Ministro da Saúde da Argentina, Ginés González García, renunciou ao cargo depois de ter sido acusado de criar um centro de vacinação para privilegiar os amigos. O escândalo veio a público quando um jornalista disse ter tomado vacina contra Covid-19 após ligar para o chefe da pasta, que ele disse conhecer há muito tempo, afirmaram duas fontes do governo.
Pouco depois da informação ser exposta, na sexta-feira (19), o presidente argentino, Alberto Fernández, pediu que o ministro entregasse o cargo.
Na carta de demissão, González García afirmou que as pessoas vacinadas com a sua ajuda pertencem aos grupos prioritários definidos pela campanha de imunização do país, como é o caso do próprio jornalista, que tem mais de 70 anos.
A Argentina iniciou o programa de vacinação no final de dezembro e, segundo dados oficiais, até quarta-feira apenas cerca de 250 mil pessoas haviam tomado duas doses da vacina contra Covid-19, em um país com uma população de cerca de 45 milhões de habitantes.
O país começou nos últimos dias a vacinar pessoas com mais de 70 anos, que devem aguardar a vez após se cadastrarem nos sites oficiais. Os profissionais de saúde estão sendo vacinados desde o final de dezembro, quando o primeiro carregamento de vacinas Sputnik V chegou.