Ministro da Defesa da Ucrânia diz que as forças estão “prontas para revidar”
Oleksiy Reznikov disse, em um comunicado, que a Rússia não vai capturar nenhuma cidade ucraniana se tentar invadir o país


O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksiy Reznikov, disse neste sábado (12) que a Rússia – que ele descreveu como “a agressora” – não vai capturar nenhuma cidade ucraniana se tentar invadir o país.
Em um comunicado, Reznikov disse que as “forças armadas da Ucrânia estão absolutamente prontas para revidar e não desistirão das terras ucranianas”, à medida que os temores de uma invasão russa crescem entre os aliados internacionais do país.
Em 2014, Reznikov disse que os ucranianos “não estavam psicologicamente prontos para resistir a alguém com quem sentaram na mesma mesa ontem”, mas “a situação é completamente diferente” agora. Esse foi o ano em que a Rússia anexou a península da Crimeia, no sul da Ucrânia, e o conflito eclodiu entre separatistas pró-Rússia e forças ucranianas no leste da Ucrânia.
“Todo mundo que olhou nos olhos de nossos soldados pelo menos uma vez tem certeza de que não haverá repetição de 2014, o agressor não capturará Kiev, Odessa, Kharkiv ou qualquer outra cidade”, disse Reznikov.
O ministro da Defesa acrescentou que a Ucrânia tem seu exército mais poderoso em 15 anos.
O tenente-general Valery Zaluzhny, comandante chefe das Forças Armadas da Ucrânia, disse no comunicado que uma fase ativa de comando e exercícios está em andamento em campos de treinamento em todo o país. A Ucrânia está “constantemente aumentando nossas capacidades de defesa, coerência de unidades e habilidades militares”, disse ele.
Tendo reforçado suas defesas para a capital de Kiev e “passado pela guerra e treinamento adequado”, a Ucrânia agora está “pronta para enfrentar os inimigos … não com flores, mas com ferrões, dardos e NLAW”, disse Zaluzhny, referindo-se aos sistemas de armamento.
Reznikov acrescentou que o país também foi reforçado pelo “apoio sem precedentes” que recebeu de parceiros internacionais, descrevendo esse apoio como “o maior desde a independência”.
Ele criticou fortemente as alegações de Moscou de que “a Ucrânia planeja atacar a Rússia”, chamando-as de “absurdas”.
“Não vamos atacar ninguém, mas estamos fazendo tudo para fortalecer nossa defesa e eliminar a possibilidade de escalada”, disse Reznikov. A Ucrânia planeja “seguir um caminho político e diplomático” para recuperar os territórios temporariamente ocupados, acrescentou.
Ele pediu aos ucranianos que “permaneçam calmos” diante dos crescentes alertas, chamando a calma de “a principal arma que pode nos fornecer uma base sólida para a defesa”.
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Um soldado ucraniano caminha por uma trincheira em Svitlodarsk, na Ucrânia, no dia 11 de fevereiro • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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Duas militares ucranianas fazem uma pausa em um refeitório na trincheira em Pisky, Ucrânia • Gaelle Girbes/Getty Images
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Voluntários paramilitares da Legião Nacional da Geórgia dão instruções a dois meninos (à dir.) sobre técnicas de tiro em Kiev, Ucrânia. A Legião Nacional da Geórgia viu um aumento nos pedidos de adesão e no número de participantes em seus cursos de treinamento no mês passado • Chris McGrath/Getty Images
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As forças armadas russas e bielorrussas participam do exercício militar "Allied Determination 2022", na Bielorrússia, em 11 de fevereiro de 2022. A segunda fase dos exercícios está prevista para durar até 20 de fevereiro • BELARUSÂ DEFENSE MINISTRY/Anadolu Agency via Getty Images
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Navio de desembarque da Marinha russa cruza o estreito de Bósforo a caminho do Mar Negro, no dia 9 de fevereiro, em Istambul, Turquia. O Ministério da Defesa da Rússia disse que seis grandes navios estão se movendo do Mediterrâneo para o Mar Negro, onde participarão dos exercícios já em andamento • Burak Kara/Getty Images
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Sistemas de mísseis de defesa aérea S-400 Triumf durante os exercícios militares conjuntos "Allied Determination 2022" realizados por tropas bielorrussas e russas • Russian Defence Ministry/TASS
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Soldados russos e bielorussos em exercícios militares na fronteira • BELARUS DEFENSE MINISTRY/Anadolu Agency via Getty Images
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Imagens de satélite mostram militares no aeródromo de Oktyabrskoye e Novoozernoye, na Crimeia, no aeródromo de Zyabrovka perto de Gomel, em Belarus, e em área de treinamento de Kursk, no oeste da Rússia • Maxar Technologies
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Soldados dos EUA chegam à base militar de Mihail Kogalniceanu, na Romênia, em 11 de fevereiro • Alexandra Stanescu /Anadolu Agency via Getty Images
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Equipamento militar do Exército dos EUA, que está sendo transportado da Alemanha para a Romênia, é visto dentro de uma base militar, no dia 10 de fevereiro, na Romênia. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou o envio de 3.000 soldados adicionais para reforçar os contingentes militares de países membros da OTAN • Andreea Campeanu/Getty Images
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Veículos militares do Exército dos EUA circulam na área de treinamento militar de Grafenwoehr. O Exército dos EUA está transferindo cerca de 1.000 soldados, incluindo tanques e veículos militares, de sua base em Vilseck, no Alto Palatinado, para a Romênia • Armin Weigel/picture alliance via Getty Images
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Soldado ucraniano é visto saindo de Svitlodarsk, na Ucrânia, em 11 de fevereiro de 2022 • Wolfgang Schwan/Agência Anadolu/Getty Images
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Biden diz a Putin que EUA vão reagir com “consequências severas” se Rússia invadir Ucrânia • Wolfgang Schwan/Agência Anadolu/Getty Images
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Equipamentos militares e soldados do exército dos EUA em base temporária em Mielec, Polônia, em 12 de fevereiro de 2022 • Anadolu Agency/Getty Images