Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Ministra espanhola diz que guerra em Gaza é “verdadeiro genocídio”

    Relações entre Israel e Espanha enfrentam tensão depois que Madri anunciou que vai reconhecer Estado palestino

    Ataque aéreo israelense no campo de Jabalia, em Gaza, mata 10 e deixa desaparecidos
    Ataque aéreo israelense no campo de Jabalia, em Gaza, mata 10 e deixa desaparecidos REUTERS

    Graham Keeleyda Reuters

    A ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, disse que o conflito em Gaza é um “verdadeiro genocídio”, à medida que as relações entre Israel e Espanha pioram depois de Madri anunciar que vai reconhecer um Estado palestino. A declaração da ministra foi feita neste sábado (25).

    A Reuters não conseguiu contatar as autoridades israelenses para comentar o assunto.

    Israel rejeitou veementemente as acusações feitas contra o país pela África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça de que está cometendo um genocídio contra os palestinos.

    O comentário da ministra Margarita Robles foi feito em uma entrevista à televisão estatal TVE e ecoou outro comentário da vice-primeira-ministra espanhola Yolanda Diaz, feito no início desta semana. Diaz também descreveu o conflito de Gaza como um genocídio.

    “Não podemos ignorar o que está acontecendo em Gaza, que é um verdadeiro genocídio”, disse Robles na entrevista, durante a qual também discutiu a invasão russa da Ucrânia e os conflitos na África. Ela disse ainda que o reconhecimento da Palestina por Madri não foi um movimento contra Israel, acrescentando que foi feito para ajudar a “acabar com a violência em Gaza”.

    “Isto não é contra ninguém, isto não é contra o Estado israelense, isto não é contra os israelenses, que são pessoas que respeitamos”, disse.

    A campanha de Israel em Gaza matou quase 36 mil palestinos, segundo autoridades de saúde de Gaza, e destruiu grande parte do território. Israel lançou a operação para tentar eliminar o Hamas após o ataque do grupo palestino ao sul de Israel em 7 de outubro, no qual cerca de 1.200 pessoas foram mortas e mais de 250 foram feitas reféns, segundo registros israelenses.