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    Militares do Níger fecham espaço aéreo em meio a ameaça de intervenção de grupo de países africanos

    Ação ocorreu no domingo (6), dia imposto como prazo pela Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) para os líderes do golpe militar nigerense liberarem o poder

    Josh Penningtonda CNN

    O espaço aéreo do Níger foi fechado no domingo (6), dia imposto como prazo por um grupo de países africanos para os líderes do golpe militar nigerense liberarem o poder e restabelecerem o presidente democraticamente eleito do país.

    Com o fim do prazo, o espaço aéreo do país foi fechado devido à “ameaça de intervenção dos países vizinhos”, de acordo com uma declaração em vídeo do líder do golpe nigeriano, coronel major Amadou Abdramane. A declaração foi transmitida na televisão estatal no domingo.

    O golpe militar no Níger foi lançado no final de julho. O presidente Mohamed Bazoum foi detido por membros da guarda presidencial, instituições nacionais foram fechadas e manifestantes de ambos os lados acabaram saindo às ruas, incluindo milhares que apoiam o golpe militar.

    Veja também: Golpe militar na África: General se apresenta como novo líder do Níger

    Mas fora do Níger, as ações dos líderes golpistas foram rapidamente condenadas pelos Estados Unidos e algumas nações ocidentais, bem como por um grupo de países da África Ocidental, que ameaçaram usar a força.

    A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), um bloco regional, alertou que, se a junta militar não se retirar, poderá enfrentar uma possível intervenção militar, dando aos líderes golpistas o dia de domingo como limite para ceder o poder.

    Caso a junta permaneça no poder, o grupo disse que “tomará todas as medidas necessárias para restaurar a ordem constitucional”, incluindo o uso da força.

    O bloco também foi além, impondo a proibição de viagens e o congelamento de bens dos militares envolvidos na tentativa de golpe, bem como de seus familiares e dos civis que aceitarem participar de quaisquer instituições ou governos estabelecidos pelos militares.

    A França e a União Europeia também cortaram a ajuda financeira ao Níger após o golpe.

    Na tarde de domingo, milhares se reuniram em Niamey, capital do Níger, para mostrar seu apoio à junta e expressar sua oposição às sanções impostas pela Cedeao.

    A junta também alertou na televisão estatal que qualquer intervenção militar seria recebida com “uma resposta imediata e não anunciada das forças de defesa e segurança do Níger”.

    Antes do prazo de domingo, os líderes da Cedeao se reuniram na Nigéria na semana passada para organizar uma resposta coletiva ao golpe e planejar uma possível resposta militar, que o grupo disse ser o último recurso.

    “Todos os elementos que entrariam em qualquer eventual intervenção foram elaborados aqui e estão sendo refinados, incluindo o cronograma, os recursos necessários e orientações de como, onde e quando vamos implantar essa força”, disse Abdel-Fatau Musah, comissário da Cedeao para Assuntos Políticos, Paz e Segurança.

    (Stephanie Busari, da CNN, contribuiu para este relatório)

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