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    Militar que capturou Che Guevara morre aos 84 anos na Bolívia 

    General boliviano Gary Prado Salmón teve morte anunciada por seu filho, vias redes sociais; ele comandou ação que executou o famoso guerrilheiro argentino em solo boliviano, em 1967 

    Da CNN

    O militar boliviano Gary Prado Salmón, conhecido mundialmente por capturar o guerrilheiro argentino Ernesto “Che” Guevara, morreu no último sábado (6) na cidade de Santa Cruz, aos 84 anos. A morte foi anunciada por seu filho Gary Prado Araúz, pelas redes sociais.

    “O Senhor acaba de chamar meu pai Gral Div SP Gary Augusto Prado Salmón para o seu Reino”, escreveu Gary Prado Araúz, em sua conta no Facebook. “Ele partiu acompanhado de sua esposa e filhos. Ele nos deixa um legado de amor, honestidade e coragem. Ele era uma pessoa extraordinária”, completou.

    De acordo com as agências internacionais, Prado Salmón vinha enfrentando problemas de saúde nos últimos meses. Em meados de abril, seu quadro se agravou e ele foi hospitalizado.

    Seu filho agradeceu em sua mensagem todas as pessoas que apoiaram sua família “neste momento de sua agonia”.

    Vida e carreira

    Prado Salmón nasceu na Itália, em 15 de novembro de 1938 em Roma, já que seu pai, o também militar Julio Prado Montaño realizava um curso de treinamento no país. Sua família retornou à Bolívia e em 1954 ingressou no Colégio Militar. Quatro anos depois, obteve a patente de alferes de cavalaria.

    O grande marco de sua carreira militar foi mesmo a captura de Che Guevera, revolucionário argentino que, após derrubar o ditador cubano Fulgêncio Batista em 1959, passou a atuar como guerrilheiro em países como o Congo e Bolívia.

    Salmón recebeu treinamento militar dos Estados Unidos e em 1967 foi designado capitão de um destacamento que partiu para as florestas bolivianas com a missão de capturar Che Guevara. A tarefa foi cumprida nas proximidades de La Higuera em 8 de outubro. O guerrilheiro acabou executado no dia seguinte.

    Sua carreira militar se encerrou no início dos anos 1980. Após esse período trabalhou como embaixador no México e Grã-Bretanha. Suas últimas aparições políticas foram à frente de um movimento separatista do departamento de Santa Cruz. A justiça boliviana o acusou de conspirar com o mercenário Eduardo Rózsa para derrubar Evo Morales.

    (Publicado por Fábio Mendes, com agências internacionais)

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