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    México nega que cartéis controlem partes do país, rejeitando comentário de Blinken

    "Isso é falso", disse o presidente López Obrador em uma coletiva de imprensa. "Não há lugar no país que não tenha a presença de autoridades"

    Raul Cortesda Reuters , Cidade do México

    O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, negou nesta sexta-feira (24) que partes de seu país sejam controladas por cartéis de drogas, respondendo a comentários recentes do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken.

    Blinken disse em uma audiência no Congresso na quarta-feira que é “justo dizer” que partes do México são controladas por cartéis em vez do governo.

    “Isso é falso”, disse López Obrador em uma coletiva de imprensa. “Não há lugar no país que não tenha a presença de autoridades.”

    Blinken também disse que o opioide fentanil vindo do México está matando norte-americanos e mexicanos. López Obrador negou nos últimos dias que o México seja responsável pelas quantidades da droga que entram nos Estados Unidos.

    “Mais fentanil chega diretamente aos Estados Unidos e Canadá do que ao México”, disse López Obrador na semana passada.

    Os comentários também seguem um relatório do Departamento de Estado dos EUA que disse que existem evidências confiáveis de abusos dos direitos humanos, como assassinatos cometidos por autoridades, desaparecimentos e tortura promovidos pelo governo no México.

    López Obrador rejeitou as descobertas, chamando o departamento de “mentiroso” na quinta-feira.

    O presidente mexicano apontou que o fentanil está sendo traficado através da fronteira por cidadãos norte-americanos, em vez de imigrantes ilegais, e culpou a crise em parte pela deterioração dos valores familiares e pela falta de apoio do governo às famílias.

    O líder mexicano também alegou que o protesto dos Estados Unidos tem motivações políticas, antes das eleições de 2024.

    As trocas de farpas entre os países vizinhos sobre o tráfico de drogas seguem a morte de dois norte-americanos e um mexicano nas mãos de uma suposta gangue de drogas na cidade fronteiriça de Matamoros, no norte.

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