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    Meta ameaça retirar notícias se lei para pagar editoras passar na Califórnia

    Projeto de lei exige que grandes empresas de tecnologia paguem veículos de notícias por seu conteúdo publicado nas mídias sociais

    Samantha Delouyada CNN

    A Meta, empresa controladora do Facebook e do Instagram, ameaçou remover as notícias de seus sites de mídia social na Califórnia se o estado aprovar um projeto de lei exigindo que grandes empresas de tecnologia paguem veículos de notícias por seu conteúdo.

    Em nota publicada no Twitter, Andy Stone, diretor de comunicações da Meta, chamou a Lei de Preservação do Jornalismo da Califórnia de “um fundo secreto que beneficia principalmente grandes empresas de mídia de fora do estado sob o pretexto de ajudar editoras da Califórnia”.

    “O projeto de lei não reconhece que editoras e emissoras colocam seu conteúdo em nossa plataforma e que uma consolidação substancial na indústria local de notícias da Califórnia ocorreu há mais de 15 anos, bem antes de o Facebook ser amplamente utilizado”, disse Stone.

    O projeto de lei, patrocinado pela deputada Buffy Wicks, D-Oakland, exige que empresas digitais como Google e Facebook paguem às editoras de notícias locais uma “taxa de uso de jornalismo” sempre que seu conteúdo de notícias for usado ou publicado nessas plataformas.

    O projeto de lei também exige que as editoras de notícias invistam 70% dos lucros da taxa de uso em empregos no jornalismo.

    “Essa ameaça da Meta é uma tática de intimidação que eles tentaram implantar, sem sucesso, em todos os países que tentaram isso”, disse Wicks em nota. “É flagrante que uma das empresas mais ricas do mundo prefira silenciar os jornalistas a enfrentar a regulamentação”.

    De acordo com um porta-voz de Wicks, o projeto de lei deve ser votado na Assembleia Estadual da Califórnia na quinta-feira (1º).

    O projeto de lei recebeu elogios de alguns dos maiores sindicatos de jornalismo da Califórnia, incluindo o Media Guild of the West e o Pacific Media Workers Guild.

    Em uma carta conjunta, os dois sindicatos chamaram a Meta e o Google de “proprietários poderosos supervisionando uma favela em constante expansão de informações de baixa qualidade, felizes em cobrar aluguel de publicidade de inquilinos em dificuldades, evitando pagar pela manutenção”.

    No entanto, o projeto de lei também tem seus detratores. A Free Press Action, uma organização de defesa da mídia sem fins lucrativos, criticou o projeto de lei por “não fazer nada para apoiar reportagens locais confiáveis e, em vez disso, aumentar os lucros de grandes conglomerados”.

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